Feira de defesa no Líbano terá participação de seis empresas brasileiras do setor

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Um grupo de empresas brasileiras do setor de defesa irá participar pela primeira vez da feira Security Middle East Show (SMES), em Beirute, no Líbano, de 8 a 10 de setembro. A última edição ocorreu em 2011. De acordo com informações da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), irão para a mostra a fabricante de armas Taurus, a de munições CBC, a de armas não letais Condor, a BCA, de equipamentos e tecidos blindados, a Índios Pirotecnia e a MK Logistic.

O diretor técnico da Abimde, Armando Lemos, afirmou ontem (12) que as empresas brasileiras têm participado de eventos nos países árabes e companhias do Oriente Médio têm vindo para feiras no Brasil. "O mercado do Oriente Médio é prioritário para nós e já participamos de outras feiras na região. A demanda de produtos é variada, mas temos percebido que eles estão procurando fornecedores que não sejam dos Estados Unidos ou da União Europeia. Querem reduzir a dependência", afirmou Lemos, após a apresentação de um estudo encomendado pela Abimde sobre o potencial do setor de defesa para a economia brasileira.

O levantamento foi realizado pelo vice-diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Joaquim Guilhoto. O levantamento mostra que em 2014 o setor de Defesa movimentou R$ 202 bilhões, o equivalente a 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Esse percentual não se refere apenas a investimentos, mas também a gastos de instituições públicas e particulares.

Desse total, mostra a pesquisa, R$ 110 bilhões referem-se a atividades de defesa e segurança. Nesta conta entram custos com defesa nacional, segurança federal, segurança estadual e segurança privada. A última movimentou R$ 31 bilhões em 2014.

Outros R$ 71 bilhões são resultado de atividades terciárias relacionadas à defesa, como alimentação e distribuição. Áreas industriais que abastecem o setor de defesa geraram R$ 8 bilhões, e atividades primárias, como os insumos, acrescentaram outros R$ 13 bilhões no cálculo total.

Guilhoto afirmou que o estudo se concentrou no levantamento dos dados econômicos, porém, investimentos em defesa e tecnologia nessa área geram resultados que nem sempre se refletem em ganhos financeiros. "Os resultados são imediatos, pois geram ganhos para a economia em si, mas também à medida que projetos e tecnologias se desenvolvem eles podem ser adotados para uso civil", afirmou.

O presidente da Abimde, Sami Hassuani, afirmou que o estudo poderá ajudar o setor e o governo brasileiro a escolher as melhores áreas para investimento. Ele acrescentou que se projetos que hoje dependem de apoio governamental forem colocados em prática, poderão movimentar mais recursos na economia brasileira e refletir em um aumento de até 2% no peso que o setor exerce sobre o PIB.

Hassuani disse que entre os mercados em potencial para as empresas brasileiras estão os países latino-americanos e outras nações emergentes.

O ex-ministro da Fazenda e economista Antonio Delfim Netto participou do evento ao lado de Hassuani e Guilhoto. Ele afirmou que investir em defesa é fundamental para o País e observou que o Brasil tem riquezas, como água e petróleo, que "precisam ser defendidas".

Fonte: Comex

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