Clima econômico da América Latina melhora, mas nível histórico continua baixo

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O clima econômico da América Latina avançou 4% em julho, na comparação com abril deste ano, motivado pela diminuição do pessimismo em relação aos seis meses seguintes (julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro). Apesar de apresentar melhoria, o clima permanece em níveis muito baixos em termos históricos.

Os dados constam do estudo Clima Econômico da América Latina (ICE), elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a instituição Ifo Institute for Economic Research. Ifo é uma instituição pública alemã que produz estudos sobre tendências da economia. Apesar da diminuição do pessimismo em relação aos seis meses seguintes, a avaliação em relação à situação econômica presente dos países da região continuou piorando. Tanto o Indicador das Expectativas (IE) quanto o Índice da Situação Atual (ISA) permanecem abaixo da zona desfavorável do ciclo econômico (abaixo dos 100 pontos).

As informações do estudo indicam que a sondagem de julho mantém a tendência observada desde julho de 2013, ao registrar um clima econômico menos favorável na América Latina do que na média dos 117 países pesquisados.

Já no plano mundial, o clima econômico registrou queda suave, ao passar de 110 pontos para 106 pontos, entre as sondagens de abril e julho. "O recuo do indicador no plano mundial é atribuído à piora na avaliação da situação atual, que passou de favorável para desfavorável, enquanto as expectativas mantiveram-se estáveis e na zona favorável do ciclo econômico", informa o levantamento.

Nos países ou regiões com maior peso na corrente de comércio global, o clima econômico piorou, mas se manteve favorável, como no caso dos Estados Unidos e da União Europeia. A China, maior exportadora mundial, registrou piora no clima econômico, puxada pela queda no Indicador da Situação Atual, mas as expectativas melhoraram e estão na zona favorável e acima da média dos últimos dez anos.

No entendimento dos técnicos responsável pela publicação, a melhora nas expectativas nos Estados Unidos e na China apontam uma tendência favorável para o crescimento mundial, embora em um ritmo lento. A publicação ressalta, porém, que a sondagem foi realizada antes do anúncio da desvalorização da moeda chinesa, "que poderá levar a uma melhora nas expectativas daquele país, estimulada pelas exportações".

Fonte: Agência Brasil

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