'FT': Commodities da agricultura sentem mordida da demanda mais fraca

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No momento em que comerciantes soam o canto do cisne do superciclo das commodities, os preços de grãos, que subiram com a demanda crescente de mercados emergentes e períodos de clima ruim, também parecem estar a caminho de um período de fragilidade. É o que diz um artigo de Emiko Terazono, do jornal britânico Financial Times, publicado nesta quinta-feira (13/08).

Juntamente com óleo e metais, as commodities da agricultura tiveram uma fase de expansão em matérias primas a partir do início dos anos 2000. No topo da nova demanda de países em desenvolvimento, a regulação de biocombustíveis também contribuiu para a escassez da oferta. Entretanto, enquanto o crescimento desacelera na China e em outras economias emergentes, economias dependentes da agricultura estão enfrentando uma "reinicialização para baixo" diz o professor americano David Kohl, um economista de agricultura que já foi da Virginia Tech.

Os "vibrantes anos de 2007 a 2012 para a indústria de grãos" foram "estabelecidos por uma convergência de eventos oportunos", diz ele.

Os bons anos podem agora ter chegado a um fim. Uma desaceleração na demanda coincidiu com uma maior produção já que fazendeiros no mundo todo responderam a preços mais altos, ajudados por condições climáticas ideais. Safras abundantes consecutivas ao longo dos últimos anos e os consequentes altos custos de armazenagem em todo o mundo provocaram uma queda nos preços e lucros para fazendeiros.

O preço do milho, por exemplo, está sendo comercializado a US$ 3,80 por alqueire — menos da metade do recorde de todos os tempos registrado em 2012. Nos EUA, um dos principais exportadores da agricultura, lucros líquidos médios para produtores de milho atingiram um pico em 2012 de US$ 175,079 por domicílio, caindo acentuadamente abaixo de US$ 55,000 em 2013 e 2014, de acordo com dados de cerca de 3.500 fazendeiros reunidos pela Universidade de Minnesota.

"Se a super-oferta persiste torna-se muito mais importante entender quanto armazenamento está disponível," disse Jamie Webster, analista da IHS Energy. "Não há um montante infinito. Infelizmente o volume total de reservatórios disponíveis é um tópico obscuro para algumas regiões chave."

A IEA afirmou que centenas de bilhões de dólares de cortes de investimento feitos por companhias de energia vão eventualmente ajudar a reequilibrar o mercado.

Mas se a demanda continua como fez neste ano, a situação vai se tornar "cada vez mais sensível", acrescentou a IEA.

Fonte: Jornal do Brasil

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