Venezuela libera R$ 162 mi para importar produtos de higiene

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A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou na noite de terça-feira a liberação de uma verba de 500 milhões de bolívares fortes (R$ 162 milhões) para a importação imediata de produtos de higiene pessoal, em falta no país.

Os produtos estão entre os que desapareceram dos supermercados em meio ao desabastecimento que sofre o país desde o início do ano, causado pela redução da produção. O governo do presidente Nicolás Maduro diz que a falta de produtos básicos é uma operação dos fabricantes para minar sua administração.

O dinheiro será transferido para a empresa Suministros Venezuelanos Industriales, expropriada por Hugo Chávez, que se encarregará de fazer a compra a empresas de Argentina, Brasil, China e Uruguai. Os produtos selecionados serão comprados de acordo com uma lista divulgada pelo Executivo.

Na relação apresentada pelos deputados, estão 39 milhões de rolos de papel higiênico, 50 milhões de pacotes de absorventes femininos, 3 milhões de tubos de pasta de dente, 10 milhões de sabonetes e 17 milhões de pacotes de fraldas descartáveis infantis e geriátricas.

Durante os debates, o deputado José Ávila, aliado de Maduro, defendeu a versão do governo de que a falta de produtos foi causada por uma conspiração entre fabricantes e a oposição.

"Nós afirmamos ao povo e denunciamos sistematicamente toda a estratégia que existe de monopólio, de especulação e a campanha de terror que espalharam para que o povo compre de forma compulsiva e nervosa", disse.

DESABASTECIMENTO

A escassez de produtos básicos é atribuída pelo presidente Nicolás Maduro aos empresários que, segundo ele, estão aliados à oposição para desabastecer o país e gerar insatisfação popular. Para os chavistas, a situação criaria um golpe militar para derrubar o governo.

Desde o terceiro mandato de Chávez, em 2006, o país congelou preços e limitou a oferta de diversos produtos para tentar controlar a inflação, que é de cerca de 30%. A variação de preços e fornecimento manteve o índice em níveis elevados nos últimos anos.

Na semana passada, o governo aprovou medidas para aumentar a produção de alimentos, em setores como os hortifrutigranjeiros, açúcar e óleo de girassol. Ao mesmo tempo, aprovou um aumento de 20% para laticínios e carnes de frango e boi.

Outro ponto polêmico é a falta de farinha de milho, principal ingrediente da arepa, base da alimentação dos venezuelanos. O governo de Maduro acusa a maior fabricante do alimento do país, a Alimentos Polar, e seu dono, Lorenzo Mendoza, de restringir a demanda para pressionar uma revolta.

Fonte: Folha de São Paulo

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