Economia terá papel central na visita de Dilma a Obama

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O relacionamento econômico e comercial entre os Estados Unidos e o Brasil deve ter papel central na agenda que é preparada para as conversas entre Barack Obama e Dilma Rousseff, em Washington, em outubro. A informação é do assessor de Segurança Nacional da Vice-Presidência dos EUA, Jake Sullivan, em entrevista à imprensa estrangeira.

"Com relação à agenda de investimento e comércio, vocês verão entre agora e a visita algumas propostas mais específicas para serem negociadas entre os dois governos", disse ele, sem dar maiores detalhes do teor desses projetos. Sullivan observou que tem havido aumento tanto dos investimentos americanos no Brasil como o oposto, mas ainda há espaço para maior desenvolvimento.

 

Dilma fará a primeira visita de estado de um presidente brasileiro aos EUA desde o primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A data oficial ainda não foi divulgada. O convite partiu de Obama e este tipo de visita, que tem uma série de cerimônias específicas, como um jantar de gala na Casa Branca, é reservada aos parceiros mais estratégicos dos EUA.

Dentro da tática de estreitar laços com a América Latina neste segundo mandato de Obama, foi anunciada, nesta segunda-feira, uma nova visita do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, à América Latina. A viagem será no segundo semestre e os países que farão parte ainda não foram decididos, de acordo com Sullivan. Biden voltou há pouco de uma viagem à região, que incluiu uma passagem pelo Brasil, Colômbia e Trinidad e Tobago na semana passada.

Ainda dentro da maior aproximação entre EUA e América Latina, Sullivan ressaltou que Obama receberia nesta terça-feira o presidente do Chile, Sebastián Piñera, na Casa Branca. Além disso, ressaltou as viagens recentes de Obama ao México e à Costa Rica.

Na agenda, além da vinda de Dilma, está uma viagem aos EUA do presidente do Peru, Ollanta Humala, a ida do secretário de Estado, John Kerry, para a Guatemala, onde começou nesta terça-feira a assembleia geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a nova visita de Biden à região.

No caso de Kerry, esta é a primeira visita à América Latina. Questionado por uma jornalista da Argentina do porquê de o país andar excluído da agenda norte-americana, Sullivan disse que não há nação no hemisfério fora do radar dos EUA e que a política do país para a América Latina é "inclusiva".

Fonte: Estadão

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