Braskem tem dificuldade para tocar obra de US$ 3,2 bi no México
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- 20/06/13
O projeto bilionário da Braskem no México, desenvolvido em parceria com o Grupo Idesa, chegou a 30% das obras concluídas e entra em uma fase mais delicada. O Complexo Petroquímico Etileno XXI, na região de Coatzacoalcos/Nanchital, no Estado de Veracruz, que vai abastecer a Pemex (Petróleos Mexicanos), começou a ter dificuldades para encontrar mão de obra especializada na região e terá de buscar trabalhadores em outras partes do país.
Agora o projeto está na fase de contratação de profissionais de áreas como solda e caldeiras. "Vimos a necessidade de busca gente em outros lugares", conta Roberto Bischoff, vice-presidente da Braskem para a América Latina. Uma das formas de minimizar o problema foi por meio da assinatura de uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que desde o mês passado tem treinado trabalhadores. Além disso, o Senai fechou um acordo com a Universidad Tecnológica Del Sureste de Veracruz (UTSV) para repassar o treinamento. O Complexo Petroquímico Etileno XXI é um dos maiores projetos do setor em execução no mundo e marca, conforme explica Bischoff, o renascimento da petroquímica no continente americano. "Este é o maior projeto da indústria privada no México. Ele equivale à soma de três dos maiores pólos do Brasil: Sul, Camaçari e PQU", diz o executivo. A empresa brasileira é dona de 75% do consórcio.
Os primeiros tanques de armazenamento da Braskem Idesa começaram a chegar no porto de Pajaritos na semana passada - com um mês de antecedência. São cilindros de 550 toneladas, vindos da Coreia do Sul, que serão transportados até Nachital no início de julho.
O projeto tem previsão de conclusão para 2015. Serão duas linhas de produção de polietileno de alta densidade e uma de baixa densidade. O complexo terá capacidade instalada para produzir 1 milhão de toneladas de polietileno por ano. O México consome atualmente cerca de 2 milhões de toneladas de polietileno por ano, mas só produz 700 mil toneladas/ano. O restante é importado dos Estados. A previsão é que o projeto leve o país a ser autossuficiente neste tipo de resina.
Fonte: Brasil Econômico