Taxa de câmbio e Argentina desafiam moinhos de trigo do Brasil

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As taxa de câmbio e entraves para exportações na Argentina têm dificultado as compras de trigo por moinhos brasileiros, ao mesmo tempo que perspectivas de uma melhor receita estimulam as cooperativas a negociarem o produto externamente, avaliou o Cepea nesta terça-feira.

A expectativa dos compradores brasileiros de trigo em grão é que o cenário atual, de falta de produto e preços em alta, possa ser revertido com a entrada da safra brasileira em meados de agosto, e também da Argentina, a partir de outubro, afirmou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Porém, pelo menos no curto prazo, prevalece um bom conjunto de fatores altistas, acrescentou. Os preços podem não ceder mesmo a partir do quatro trimestre, já que a atual situação econômica argentina pode dificultar as importações de trigo pelo Brasil.

"O governo daquele país tem priorizado o atendimento da demanda interna em detrimento das exportações", lembrou o relatório do Cepea.

Na última semana, o preço médio no mercado de lotes (entre empresas) alcançou novos recordes em termos nominais, com avanço de 4,1 por cento em sete dias no Rio Grande do Sul, 1,3 por cento no Paraná e 2,3 por cento em São Paulo (capital).

Já os preços médios pagos ao produtor (balcão) gaúcho subiram 0,7 por cento e no mercado paranaense 1,2 por cento. Caso os valores continuem a avançar, podem ter, em julho, patamares observados em maio de 2008, quando foi registrada a maior média da série histórica do Cepea.

Fonte: Reuters

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