Barreiras sanitárias, 'atalho' para medidas protecionistas

A utilização crescente de barreiras sanitárias e fitossanitárias no comércio de commodities tem se transformado em um atalho para omitir os reais interesses de governos: a proteção da produção nacional. O aumento desta tendência continua a ser apontada por especialistas e motiva conversações em reuniões da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Especialistas afirmam que a tendência deverá crescer nos próximos anos no comércio internacional. De acordo com o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, essa tendência não é nova e afeta especialmente países com poucos acordos bilaterais. "Para escapar das restrições protecionistas impostas pela OMC, esse expediente tem sido usado para evitar prejudicar as produções internas de alguns países", afirmou ele.

"Existe sim uma tendência de que países migrem para restrições sanitárias para barreiras de comércio. No caso do Brasil, pedimos sempre que as reclamações sanitárias sejam comprovadas com base científica", disse o diretor do Departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias do Ministério da Agricultura, Lino Colsera.

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Exportações e programa do governo impulsionam preços domésticos

O indicador Esalq/BM&FBovespa do milho, medido em Campinas (SP) e que serve de referência para negócios em bolsa, acumula alta de mais de 6 por cento desde o início de novembro, com a saca de 60 kg cotada a 26,29 reais na quinta-feira.

Em Sorriso (MT), no coração da principal região produtora de milho do país, os preços dispararam 33 por cento desde o início de novembro. A saca foi negociada a 12,8 reais na quarta-feira, segundo o Cepea.

"O embarque deste ano será recorde, vai superar o ano passado. Isso surpreende a todos. Esperava-se que, com a safra dos EUA, os embarques despencassem", disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari.

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Balança comercial volta a registrar superavit no ano

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 383 milhões na segunda semana de dezembro, informou hoje o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Foram US$ 4,896 bilhões em exportações e US$ 4,513 bilhões em importações. No ano, o resultado líquido é superavitário em US$ 15 milhões. Essa é a segunda vez no ano que a balança comercial apresenta um resultado positivo no acumulado de 2013. A primeira vez aconteceu em meados deste ano. A média diária de US$ 908,4 milhões nas exportações nas duas primeiras semanas de dezembro é 8% inferior à média diária de US$ 987,4 milhões dos embarques realizados em todo o mês de dezembro do ano passado.

Essa baixa é explicada pelas menores vendas nas três categorias de produtos: básicos, semimanufaturados e manufaturados.

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Brasil é o terceiro maior produtor de rações do mundo

A exigência de adoção das Boas Práticas de Fabricação (BPF) pelas indústrias de produtos para alimentação animal está completando 10 anos. A Instrução Normativa Nº 01, de 13 de fevereiro de 2003, posteriormente substituída pela Instrução Normativa Nº 4, de 23 de fevereiro de 2007, promoveu um avanço significativo na qualidade e na produtividade dos produtos destinados à alimentação animal produzidos no país, destacando o Brasil como o terceiro maior produtor de rações do mundo.

As BPFs correspondem a um conjunto de procedimentos higiênicos, sanitários e operacionais aplicados à produção para a garantia da qualidade, conformidade e segurança desses alimentos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem como função promover, coordenar e executar a fiscalização da fabricação, importação e comercialização das rações.

"A publicação da norma brasileira representou um importantíssimo marco regulatório para o setor e segue tendência internacional em reconhecer a importância das BPFs para a proteção da saúde dos animais e para a segurança dos alimentos deles obtidos para o consumo humano", afirma a coordenadora de Fiscalização de Produtos para Alimentação Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Janaína Garçone.

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Petrobras compra 2,9 mi barris de diesel indiano

A Petrobras encomendou cargas extras de combustível da Índia, a maior parte delas de diesel, disseram fontes do mercado nesta sexta-feira, após um incêndio paralisar a quinta maior refinaria da estatal, há duas semanas.

A refinaria indiana Reliance, que se tornou um fornecedor corriqueiro, ajudando o Brasil a suprir sua grande defasagem na produção de derivados, irá enviar à Petrobras cerca de 2,9 milhões de barris de diesel em dezembro.

A Petrobras comprou três cargas e está negociando uma entrega adicional após o incidente na refinaria Repar, de capacidade de 200 mil barris por dia (bpd), em Araucária, no Paraná, disseram operadores.

Outros carregamentos devem seguir, somando-se a uma abrupta recuperação na demanda latino-americana por combustível importado que tem ajudado a impulsionar globalmente as margens de lucro das refinarias.

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