Nova lei pode trazer perdas a frigoríficos

Uma alteração escondida no último artigo da proposta que altera as regras de cobrança de impostos de filiais de empresas brasileiras no exterior pode causar prejuízos milionários para os grandes frigoríficos nacionais.

A modificação acaba com o direito das exportadoras de carne de acumularem um crédito equivalente a 50% do que deveriam pagar de PIS e Cofins todas as vezes que compram bois vivos no país.

O crédito pode ser usado pelas empresas para abater o que devem desses dois tributos em outras operações. Se o valor todo não for usado, os frigoríficos podem pedir o ressarcimento em dinheiro.

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Balança comercial tem pior fevereiro em 20 anos

A balança comercial brasileira fechou fevereiro com déficit (exportações menores que importações), registrando resultado negativo de US$ 2,125 bilhões. Em janeiro, a balança havia aberto o ano deficitária em US$ 4,06 bilhões. O resultado de fevereiro é o pior para o mês desde o início da série histórica, em 1994, superando o saldo negativo de US$ 1,7 bilhão no mesmo mês do ano passado, que até então era o resultado mais fraco em 20 anos.

O saldo no vermelho no mês passado resultou de US$ 18 bilhões em importações contra vendas externas de US$ 15,9 bilhões. No ano, o saldo acumulado permanece negativo em US$ 6,1 bilhões, As infomações foram divulgadas hoje (6) pelo Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.

A média diária das exportações, que corresponde ao volume financeiro vendido por dia útil, ficou em US$ 796,7 milhões, valor 7,8% inferior ao patamar de fevereiro de 2013, mas 9,4% superior ao de janeiro deste ano. O recuo nas vendas sobre o ano anterior foi geral, englobando produtos básicos (-8,5%), semimanufaturados (-8,7%) e manufaturados (9,2%). Entre os itens que puxaram a queda no valor arrecadado com as exportações brasileiras estão açúcar refinado (57,7%), automóveis de passageiros (-35,8%), aviões (-53,9%), ouro (-47,4%), celulose (-18,3%), óleo de soja (-17,1%), milho (-70,5%), petróleo bruto (-30,6%) e minério de ferro (-7,2%).

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Crise Ucrânia/Rússia não deve afetar exportações de carne suína brasileira

A crise política na Ucrânia e as manobras russas consequentes desta turbulência têm afetado os mercados financeiros globais. Considerando que os dois países são consumidores da carne suína nacional, questiona-se: Esta crise pode afetar as exportações do produto brasileiro? Para Jurandi Machado, diretor de Mercado Interno da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a resposta é não.

No caso da Ucrânia, Machado explica que desde outubro de 2013 as exportações para o país registram quedas consecutivas e não há sinais de que a situação seja revertida. Em janeiro, por exemplo, foram enviadas para aquele mercado apenas 244 toneladas, que resultou em um faturamento de US$ 815 mil. A retração em volume foi de 96,31% e, em receita, de 95,46%, ante janeiro de 2013.

"A crise instaurada na Ucrânia dificilmente terá algum tipo de respingo no mercado suinícola brasileiro, uma vez que os embarques de carne suína para o país estão reduzidos e representam pouco no contexto geral das exportações", afirma o diretor da Abipecs.

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Crise na Ucrânia afeta grãos e carnes

O recrudescimento da crise política na Ucrânia e as manobras russas derivadas dessa turbulência sacudiram os mercados financeiros globais no início da semana e deixaram como saldo, no caso das commodities agrícolas, valorizações expressivas das cotações de trigo e milho.

A maior delas foi a do trigo. Na bolsa de Chicago, os contratos para maio encerraram a sessão de ontem negociados a US$ 6,4350 por bushel, com ganhos de 2,9% em relação à véspera e de 6,8% na comparação com sexta-feira. Conforme o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a Ucrânia será o quinto maior país exportador do cereal nesta safra 2014/15. As altas dos dois últimos dias não foram mais expressivas porque, segundo traders, os principais portos exportadores do país até ontem não tinham sido afetados pelos problemas políticos.

No mercado de milho de Chicago, os papéis para maio fecharam ontem a US$ 4,8425 por bushel, 2,9% mais que na segunda-feira e valor 4,5% superior ao registrado na sexta-feira. Ainda que a Ucrânia também produza milho, as valorizações foram puxadas sobretudo pela escalada do trigo, já que ambos podem ser usados com a mesma finalidade em alguns segmento, como o de rações. Também as preocupações com o clima na América do Sul colaboraram para a ascensão das cotações.

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Minério de ferro atinge mínima de 8 meses; operadores correm para vender

Os preços do minério de ferro no mercado asiático caiu para seu nível mais baixo desde o final de junho, pressionado pela lenta demanda do maior consumidor global, a China, enquanto operadores despejam cargas no mercado para reduzir as perdas, em meio a temores de que os preços possam cair ainda mais.

O preço do minério de ferro, produto mais importado pela China em volume, recuou mais de 6 por cento desde meados de fevereiro.

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