Emprego na indústria cai pelo 22º mês seguido, aponta IBGE

O emprego na indústria brasileira caiu 0,2% em julho na comparação com junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Na comparação com igual mês de 2012, o total de pessoal ocupado na indústria recuou 0,8% - esta é a 22ª variação negativa seguida neste tipo de comparação e a mais intensa desde fevereiro (-1,2%).

Nessa base, o contingente de trabalhadores sofreu redução em 12 das 14 áreas pesquisadas, sendo que o principal impacto negativo veio do Nordeste, com queda de 4,3%. A região registrou taxas negativas em 12 dos 18 setores analisados, com destaque para as indústrias de calçados e couro (-8,3%), alimentos e bebidas (-3,6%) e minerais não-metálicos (-7,4%). O IBGE também destacou os resultados negativos na Bahia (-7,4%), Rio Grande do Sul (-2,1%) e Pernambuco (-5,3%).

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"Crescimento chinês" do RS é variação de cenário negativo de 2012

O crescimento de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul (RS), registrado no segundo trimestre de 2013, foi anunciado com muito entusiasmo pelo governador Tarso Genro, que comparou o resultado da economia gaúcha a um "pibão chinês". A variação, no entanto, está relacionada aos prejuízos acumulados com a estiagem do ano passado, que derrubaram o PIB a -5,3%, no mesmo período. No primeiro semestre deste ano, o crescimento foi de 8,9%, a mesma taxa registrada, por exemplo, em igual período de 2010.

De acordo com o economista da Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser Jefferson Colombo, o crescimento é alto, mas costuma ser comum em anos subsequentes a secas. Em 2012, cerca de 160 cidades entraram em estado de emergência por conta da falta de chuva. "É um crescimento alto, mas ao mesmo tempo, é comum no ano subsequente a estiagem. A estiagem derruba a quantidade produzida e ofertada de grãos, e no ano seguinte, o Rio Grande do Sul, historicamente, costuma ter taxas bastante altas", explica Colombo.

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Mudanças climáticas devem reduzir áreas de cultivo no Brasil

O aumento das temperaturas e as mudanças no regime de chuvas previstos para ocorrer nas várias regiões do Brasil em decorrência do aquecimento global poderão afetar bastante a agricultura do país. Culturas como feijão, soja, trigo e milho serão especialmente impactadas, apontam estudos da Rede Brasileira de Pesquisa e Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima).

A partir do cruzamento de modelos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e de modelos regionais brasileiros, pesquisadores da Rede Clima analisam o impacto das mudanças climáticas sobre as áreas de cultivo nacionais.

Tomando como base os hectares cultivados em 2009 e se mantidas as atuais condições de produção, as projeções para 2030 apontam grandes reduções de área, tanto nos prognósticos pessimistas como nos cenários mais otimistas. Para o feijão, a queda vai de 54,5% a 69,7%. Para a soja, a redução é estimada de 15% a 28%. Trigo, de 20% a 31,2%. Milho, de 7% a 22%. Arroz, de 9,1% a 9,9%. E algodão, de 4,6% a 4,9%.

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Brasil e Indonésia vão reforçar agenda bilateral

Brasil e Indonésia vão estudar o fortalecimento da relação bilateral e oportunidades de parceria entre os dois países, inclusive na atuação em terceiros mercados. O entendimento foi firmado ontem (10), em Brasília, em reunião entre o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ricardo Schaefer, e o Vice-Ministro de Comércio da Indonésia, Bayu Khrisnamurth.

A agenda bilateral será discutida no âmbito do Grupo de Trabalho Conjunto Brasil-Indonésia, tendo como ponto de partida estudo de inteligência comercial em fase final de elaboração por parte da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e setores considerados prioritários pelo ministro indonésio. Entre eles, estão aviação, biocombustíveis, soja e café.

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Excedente global de açúcar vai despencar 68% em 2013/14

O excedente global de açúcar deverá cair para 3,06 milhões de toneladas na temporada 2013/14, que começa em outubro, ante um excedente de 9,5 milhões no período 2012/13, estimou nesta quarta-feira a consultoria Datagro, atribuindo o recuo de 68 por cento a uma produção estável no Brasil e a um crescente consumo mundial.

A estimativa da Datagro para 2012/13 foi revisada, ante projeção anterior de 10,7 milhões de toneladas, em função de um foco maior no etanol por parte das usinas brasileiras na atual safra.

"A demanda mundial continua crescendo, de 3,5 a 4 milhões de toneladas por ano. E se o grande motor desse suprimento mundial, que é o Brasil, mantém a sua produção constante, o excedente mundial começa a cair", disse a jornalistas o presidente da consultoria, Plínio Nastari.

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