Com fim de sanções, Brasil põe mercado iraniano no radar

O governo brasileiro vai pôr o Irã como uma de suas prioridades na promoção comercial, depois que o acordo nuclear entre as potências internacionais e Teerã indicou que as sanções contra os iranianos serão gradualmente retiradas. O país terá um lugar de destaque no novo plano nacional de exportações que está sendo desenhado pelo governo e que será anunciado nos próximos meses. "O Irã tem um grande potencial e certamente estará entre nossas prioridades", declarou ao Estado o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho.

Na semana passada, em Lausanne, o governo iraniano cedeu e aceitou um controle internacional de seu programa nuclear por 25 anos. Em troca, recebeu garantias de Estados Unidos, Europa e ONU que as sanções que estrangulam a economia nacional serão gradualmente retiradas. Os detalhes do pacto ainda precisam ser negociadores e líderes iranianos alertam que existe um risco de que o tratado final não seja estabelecido. Mas, para analistas e diplomatas, o acordo não foi apenas sobre o dossiê nuclear e será principalmente um entendimento sobre a reinserção de uma economia de 40 milhões de pessoas ao cenário internacional.

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Dilma participa da 7ª Cúpula das Américas e de encontros bilaterais no Panamá

A presidenta Dilma Rousseff desembarca hoje (10) no começo da tarde na Cidade do Panamá, onde participa da 7ª Cúpula das Américas. Dilma embarcou na Base Aérea de Brasília às 6h40 e deve chegar à capital panamenha às 12h40 (10h40 no horário local). Ela fica no país até amanhã (11) e, além das atividades da cúpula, terá uma série de encontros bilaterais, inclusive com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Pela primeira vez com a participação dos 35 chefes de Estado e de Governo do Continente Americano, a 7ª Cúpula das Américas deve selar a reaproximação diplomática dos Estados Unidos e Cuba. Será a primeira vez em mais de 50 anos que líderes dos dois países sentarão em uma mesa de negociação.

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Exportações de frango dos EUA permanecem em queda

Os dados mensais do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostram que os embarques norte-americanos de carne de frango continuam decrescendo. No encerramento do primeiro bimestre de 2015 completaram quatro meses consecutivos de redução em relação ao mês anterior, retrocedendo ao segundo menor volume dos últimos quatro anos.

Em fevereiro, conforme o USDA, foram exportadas 225.154 toneladas do produto, volume que representou quedas de 17% sobre o mesmo mês de 2014 e de 6% sobre o mês anterior, janeiro de 2015.

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Agência de classificação mantém nota do Brasil, com perspectiva negativa

A agência de classificação de risco Fitch manteve a nota de crédito do Brasil em BBB, mas revisou a perspectiva do país de estável para negativa.

A mudança, segundo comunicado da Fitch, divulgado hoje, ocorreu em razão do "contínuo fraco desempenho da economia brasileira, o aumento dos desequilíbrios macroeconómicos, a deterioração fiscal e um aumento da dívida pública com pressão sobre o perfil de crédito soberano do país".

A nota (rating) é a classificação dada a empresas públicas ou privadas por essas instituições especializadas em análise de crédito. Essas agências avaliam a capacidade e a disposição do emissor de um título em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida. Orating é um indicador relevante para os investidores, uma vez que fornece sinalização a respeito do risco de crédito da dívida de uma empresa ou país analisado.

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Indústrias brasileira e chilena defendem avanço nos acordos comerciais

Empresários das indústrias brasileira e chilena estão se articulando para influenciar os governos dos dois países a ampliar o atual acordo comercial, restrito à questão tarifária, e firmar um Acordo de Facilitação e Cooperação de Investimentos (AFCI), que estimula os investimentos recíprocos.

Nesta quarta-feira, eles divulgam uma declaração conjunta com este objetivo. No fim de março, o Brasil assinou seus primeiros acordos de investimentos, com Moçambique e Angola.

A declaração será assinada entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a representante da indústria chilena, a Sociedade de Fomento Fabril do Chile (SOFOFA). O texto será entregue pela CNI aos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), das Relações Exteriores, e à Câmara de Comércio Exterior (Camex) nos próximos dias como um pedido para que o governo brasileiro inicie as negociações bilaterais. O termo foi firmado durante missão empresarial da CNI para Santiago com a presença de 20 empresas que se encerra nesta quinta-feira (9).

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