Queda dos preços e das importações destaca problemas da zona do euro

A queda dos preços na Alemanha e na França levou a inflação ao consumidor na zona do euro para uma mínima de três anos em abril, enquanto as importações caíram 10 por cento em março, mostrando a profundidade dos problemas do bloco.

A forte desaceleração na inflação ao consumidor anual para 1,2 por cento, confirmada pela agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, nesta quinta-feira, destaca o risco de deflação na zona do euro, que entrou na mais longa recessão da história no início deste ano.

Os preços na Bélgica, Alemanha, Grécia e França caíram em abril ante março, e a Grécia permaneceu em território deflacionário pelo segundo mês.

A queda dos preços mundiais do petróleo está por trás da diminuição das pressões inflacionárias, e o Banco Central Europeu (BCE) cortou a taxa de juros para a mínima recorde de 0,5 por cento neste mês, ciente dos riscos de a inflação cair ainda mais abaixo de sua meta de pouco menos de 2 por cento.

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Unasul quer integrar órgãos de informação e comunicação

O secretário da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Alí Rodríguez, defendeu a criação de um sistema de comunicação e informação integrado entre os 12 membros do bloco. A proposta é que o sistema sirva de instrumento e base de dados para informações relativas a acordos e parcerias.

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Venezuela aprova subsídios e reformas para conter desabastecimento

 

O governo da Venezuela aprovou na segunda-feira uma série de medidas para conter o desabastecimento de alimentos no país. Dentre as alterações, estão o aumento de incentivos para os produtores dos alimentos que mais afetam os índices de inflação, que no país estão em cerca de 30% ao ano.

O anúncio foi feito pelo vice-presidente da República, Jorge Arreaza, horas após uma reunião com o ministro de Alimentos, Felix Osorio. A produção de legumes receberá incentivos permanentes, incluindo financiamentos permanentes, que movimentarão cerca de 2 bilhões de bolívares (R$ 638 milhões).

As produções de açúcar e girassol receberão subsídios. Enquanto o setor açucareiro receberá uma ajuda de 769 milhões de bolívares (R$ 245 milhões), os produtores de óleo de girassol serão beneficiados com um aumento de 30% no preço pago pelo governo.

Para o consumidor, o primeiro efeito será o aumento de 20% no preço dos laticínios e das carnes bovina e de frango. Além dos incentivos, o governo dividiu em três ministérios a responsabilidade do setor alimentício na Venezuela.

O Ministério da Agricultura se dedicará a fiscalizar a produção da matéria-prima e a pasta da Indústria ficará a cargo da geração dos insumos para garantir a produção. O beneficiamento e a distribuição será atribuição do Ministério dos Alimentos.

A pasta também será responsável pelas empresas Pronutrico e Proarepa, que controlam a produção de farinha de milho, insumo principal da arepa, comida que é a base alimentar venezuelana. As medidas ainda serão levadas a uma reunião com o presidente Nicolás Maduro, mas entram em vigor nos próximos dias.

DESABASTECIMENTO

A medida tenta conter o desabastecimento no país, que vem provocando enormes filas em supermercados e lojas. Segundo o banco central, a falta de alimentos é a maior em cinco anos. Além da farinha de milho, cujo nível de escassez é o dobro do geral, faltam farinha de trigo, frango, leite em pó, açúcar e papel higiênico.

O governo atribui a alta de preços e o desabastecimento à especulação de empresários que querem dar um "golpe econômico" em Maduro. Ontem, Arreaza se reuniu com representantes da Alimentos Polar, empresa acusada pelo governo de diminuir a produção por ser opor a Nicolás Maduro.

"Definimos que os atores econômicos devem se manter à parte de toda atividade política e devem se dedicar à produção. Esse foi o nosso acordo", disse o vice-presidente, que também questionou o corte de produção ocorrido após dezembro, quando piorou o estado de saúde de Chávez.

A Polar produz alguns produtos centrais na dieta dos venezuelanos, como a marca P.A.N de farinha pré-cozida de milho, um ingrediente chave das famosas arepas venezuelanas.

Os representantes da empresa ainda não comentaram sobre a reunião. Os executivos ainda deverão se reunir com o presidente Nicolás Maduro nas próximas horas.

Em novembro de 2010, o então presidente Hugo Chávez acusou o dono da Polar, Lorenzo Mendoza, de pretender tirá-lo do poder, enquanto em 2012 expropriou um terreno pertencente à empresa para a construção de casas sociais.

Fonte: Folha de S.Paulo

 

OMC reconhece eleição de Azevêdo, que promete se empenhar para buscar consensos

A Organização Mundial do Comércio (OMC) reconheceu oficialmente hoje (14) a eleição do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, como novo diretor-geral do órgão. Ele assume em 1º de setembro, substituindo o francês Pascal Lamy, para um mandato de quatro anos. O brasileiro disse que vai se empenhar para buscar consensos e Lamy lembrou que a organização deve atuar como uma família.

A formalização ocorre uma semana depois da eleição de Azevêdo, que terminou no dia 7. Em comunicado, o conselho-geral da OMC promete uma "transição sem dificuldades". Segundo Azevêdo, o desafio é "chegar a um consenso" e o fato de sua eleição ter ocorrido de forma legítima facilita o trabalho.

Lamy lembrou que a eleição consensual de Azevêdo mostra que a OMC tem condições de buscar acordos e um processo de forma integrada. "É o momento de unidade para a família da OMC, no qual podemos brevemente colocar de lado nossas preocupações do dia a dia e olhar para o quadro maior que essa organização representa e os seus valores fundamentais".

O processo de sucessão na OMC começou em outubro de 2012. Inicialmente, nove candidatos disputavam a vaga. A escolhe é feita por meio de intensa negociação que busca o consenso. Azevêdo disputou a última etapa com o mexicano Herminio Blanco, de 62 anos. O processo foi conduzido pela chamada Troika – formada pelo Canadá, o Paquistão e a Suécia.

"[Os valores fundamentais da OMC são] a abertura do comércio para o benefício de todos, a não discriminação, a equidade e a transparência. Tudo isso com o objetivo primordial de promover o desenvolvimento sustentável, aumentando o bem-estar das pessoas, reduzir a pobreza e promover a paz e a estabilidade", ressaltou Lamy.

"Chegar a um consenso é certamente muito mais complexo do que a simples contagem de votos. Ela exige que todas as delegações participem de forma construtiva e de boa-fé de consultas que devem apurar mais do que apenas o grau de apoio de que gozam os candidatos. Mas a principal vantagem de uma decisão por consenso é que dá legitimidade à escolha", destacou o brasileiro.

Azevêdo disse que não era o momento de discursar como diretor-geral eleito, mas que agradecia o apoio que obteve do Brasil. "Devo expressar minha gratidão ao governo do Brasil, que, em todos os níveis e em consonância com as diretrizes que norteiam o processo de seleção, apoiou meus esforços para apresentar meus pontos de vista a todos os membros", disse.

O novo direto-geral da OMC reiterou a importância da busca pelo consenso e do respeito às normas e regras na OMC. "Independentemente do seu tamanho, das circunstâncias geográficas e do nível de desenvolvimento, todos os membros se beneficiam de um conjunto de regras, previsto no sistema multilateral de comércio, na organização", ressaltou.

Azevêdo lembrou que "o diretor-geral da OMC tem o dever de trabalhar com todos os membros para fortalecer o sistema e torná-lo sensível às necessidades e desafios de todos. Vou fazer o melhor para ajudar incessantemente na construção de consensos e alcançar as metas estabelecidas nos acordos estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio".

Emocionado, o brasileiro disse que se empenhará para buscar consensos. "Com inabalável e firme determinação, para restaurar a OMC para o papel e o destaque que merece e deve ter, vou trabalhar", acrescentou.

Fonte: Agencia Brasil

 

 

 

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