Entrou em vigor a isenção de visto de curta duração para o México
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- 17/05/13
Entrou em vigor, ontem (16), a isenção de vistos de curta duração (até 180 dias) para brasileiros que viajam para o México e aos mexicanos que vêm para o Brasil. O acordo anunciado em março é resultado de uma decisão conjunta dos governos dos países. Os brasileiros que, ao desembarcarem em qualquer ponto no México, tenham problemas no momento do controle migratório devem solicitar autorização para contatar o Consulado-Geral do Brasil na Cidade do México.
Os interessados devem lembrar que a isenção de vistos de curta duração não significa que outras exigências possam ser feitas no momento do controle migratório, como passagem de regresso, prova de meios de subsistência, comprovante de hospedagem.
O Itamaraty recomenda que os brasileiros, que viajam para o México, consultem as páginas eletrônicas do Consulado-Geral do Brasil no México e do Serviço Exterior mexicano para conhecerem as condições e ingresso no país.
Fonte: Agência Brasil
China faz Vale cair 8% na semana
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- 17/05/13
As ações da Vale registram forte queda nesta semana, sob influência das preocupações com o crescimento da economia da China e também devido ao recuo do preço do minério de ferro.
Houve uma onda de revisões, para baixo, nas projeções para a expansão chinesa nesta semana. O movimento começou após a divulgação da produção industrial do país, na madrugada de segunda-feira. A produção aumentou 9,3% em abril, abaixo dos 9,5% esperados pelos economistas. A diferença parece pequena, mas foi suficiente para algumas instituições reavaliarem suas projeções para o crescimento do país.
O Bank of America Merrill Lynch divulgou, já na segunda-feira, relatório informando que, com os novos dados, via risco de redução de sua projeção para o crescimento do PIB chinês no segundo trimestre, que era de 8,1%.
Na quarta-feira, reportagem do "Wall Street Journal", reproduzida pelo Valor, mostrou que muitos economistas estavam cortando suas estimativas. Pesquisa feita com 18 economistas, no fim do ano passado, indicava que a mediana das previsões de crescimento em 2013 era de 8%, ante expansão de 7,8% do país no ano passado. Mas uma nova pesquisa feita nesta semana com 12 economistas mostrou que a mediana das previsões para este ano caiu para 7,8%.
As ações PNA da Vale já caíram 8,6% nesta semana, enquanto as ações ON recuaram 8,4%. No mesmo período, o Ibovespa perdeu apenas 0,6%. Ontem, o papel PNA fechou em baixa de 2,43%, a R$ 29,70, enquanto o ON caiu 2,33%, para R$ 31,35. O Ibovespa recuou 0,30%, aos 54.772 pontos.
Esse cenário afeta os preços das commodities, e as ações de Vale sentem diretamente. "A economia da China mostra arrefecimento. A queda de Vale nos últimos dias representa essas reduções nas projeções para o PIB chinês", diz Hamilton Moreira Alves, estrategista do BB Investimentos. Fabio Galdino de Carvalho, operador-sênior da BI&P Indusval Corretora, acredita que o papel tem chances de se recuperar, já que teria ficado mais barato que seus pares.
Alves, do BB, acrescenta que Vale poderá sofrer hoje influência do vencimento de opções sobre ações, que ocorre na próxima segunda-feira (20). "Na prática, o vencimento é amanhã, já que o dia 20 é reservado somente para o exercício das séries", afirma.
Também pesa contra a companhia a forte baixa do preço do minério de ferro. Desde o pico de preço, em janeiro, a commodity já recuou 20%, e era cotada ontem a US$ 125,50 por tonelada no mercado "spot" chinês. No entanto, segundo fontes do setor de mineração, a queda nos preços já era esperada. E em nada tem a ver com a revisão para baixo das projeções para a economia da China. A baixa seria resultado do aumento da oferta de minério no mercado por parte das mineradoras australianas.
Além da pressão negativa de Vale, o Ibovespa foi afetado ontem pelos comentários do presidente da regional do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de São Francisco, John Williams. Ele levantou a possibilidade de o Fed encerrar suas compras de ativos no fim deste ano, se a economia continuar a melhorar.
Na semana passada, o presidente do Fed da Filadélfia, Charles Plosser, defendeu ideia semelhante, com a redução nas compras ocorrendo já a partir do próximo mês. No entanto, nem Plosser e nem Williams estão entre os membros do Fed que têm direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).
As declarações de Williams e uma rodada de indicadores negativos da economia americana colaboraram para os mercados de ações internacionais realizarem uma pausa na sequência de máximas históricas.
Na Europa, um dia depois de renovar o melhor nível desde junho de 2008, o índice Stoxx 600 registrou uma queda marginal de 0,03% e fechou com 307,97 pontos. Em Londres, o FTSE-100 recuou 0,09%, enquanto em Frankfurt o Dax-30 fechou em alta de 0,09%. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,28% e fechou com 15.233 pontos. O S&P-500 recuou 0,50%, para 1.650 pontos, e o Nasdaq caiu 0,18%, aos 3.465 pontos.
Fonte: Valor Econômico
Lula recebe títulos de doutor honoris causa na Argentina
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- 17/05/13
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira oito títulos de doutor honoris causa na Argentina. As universidades de Cuyo, San Juan, Córdoba, La Plata, Tres de Febrero, Lanús, San Martín e a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais homenagearam o ex-presidente em uma cerimônia que aconteceu no Senado argentino.
Em seu discurso, Lula lembrou que o primeiro diploma que desejou foi o de torneiro mecânico, do qual sua mãe tinha muito orgulho. "A emoção ao receber este primeiro diploma foi a mesma ao receber meu segundo diploma, o de Presidente da República", disse. Para Lula, os oito títulos recebidos hoje reviveram aquela emoção. "Esses títulos não são um reconhecimento (apenas) ao Lula, mas a uma década de transformações democráticas que viveu o Brasil, a Argentina e toda América Latina", afirmou. Ele lembrou também o papel crucial do "companheiro Néstor Kirchner" neste processo e dedicou a homenagem ao ex-presidente argentino. "Néstor, esses títulos também são para você."
O ex-presidente Lula falou também da importância da integração latino-americana, um dos focos de trabalho do Instituto que fundou. "Temos que trabalhar juntos, destruindo as barreiras que nos separam e construindo pontes que nos unam", afirmou. Ele incentivou maior cooperação entre as universidades brasileiras e argentinas e homenageou os professores e alunos das universidades argentinas que lutaram contra a ditadura militar. Lula falou do papel crucial das relações entre Brasil e Argentina para a integração e brincou dizendo que a Argentina só não pode fazer na Copa do Mundo o que o Boca Juniors fez com o Corinthians na última quarta-feira - o clube argentino eliminou o brasileiro da Copa Libertadores da América - , ou haverá um "grande problema para a integração".
Lula terminou seu discurso falando da crise internacional. "Os que hoje estão em crise, sabiam resolver todos os problemas do meu país", declarou. Ele citou a falta de peso das decisões dos organismos multilaterais e afirmou que "um dos grandes problemas que vivemos hoje é a falta de decisão política, porque faltam líderes políticos". O ex-presidente terminou apontando uma saída para a crise: "Deem menos dinheiro para salvar os bancos e mais para salvar vidas humanas."
O senador Daniel Filmus, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Culto do Senado argentino, fez o discurso inicial em que declarou que os títulos estavam sendo entregues a "um homem que lutou contra a adversidade". Ele também lembrou que é a primeira vez que a Argentina tem 30 anos ininterruptos de democracia. Filmus reconheceu que os argentinos sempre foram ensinados a ter medo do Brasil e que Lula teve um importante papel em desfazer essa imagem. "Hoje, tirando no futebol, não temos grandes disputas", brincou.
O senador terminou seu discurso falando da importância das lutas pontuais e constantes dos homens e afirmou que Lula é "um homem imprescindível ao Brasil, para os mais humildes, para os que lutam pela paz no mundo, para Argentina e para toda a América Latina".
Os oito reitores entregaram os certificados dos títulos a Lula e o vice-presidente argentino, Amado Boudou, homenageou Lula com a Menção Honrosa Domingo Faustino Sarmiento. Boudou destacou a importância do desenvolvimento de um corpo de pensamento próprio da América Latina e lembrou a histórica decisão de Lula e Néstor Kirchner de dizer não à Alca e optar por uma integração regional.
Reunião com reitores
Antes da cerimônia, Lula se reuniu com os reitores das universidades que propuseram os títulos. O ex-presidente abriu a reunião falando da honra de receber a homenagem, mas também da responsabilidade dos títulos. Cada um dos dirigentes universitários falou de suas realidades locais e dos motivos para a escolha do ex-presidente brasileiro.
Carlos Ruta, reitor da Universidade de San Martín, disse que Lula é um "símbolo para nossos jovens, que precisam de exemplos de dignidade". O vice-presidente Amado Boudou falou da importância do ato para a "Luta contra o colonialismo intelectual, que talvez seja o mais profundo colonialismo". Lula citou duas ações da educação brasileira: o Prouni e a aprovação da política de cotas, que permitiram um acesso muito mais democrático à educação.
Fonte: Jornal do Brasil
Colômbia receberá Aliança do Pacífico na próxima semana
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- 17/05/13
A Colômbia se prepara para receber na próxima semana, a 7ª Cúpula da Aliança do Pacífico – bloco de integração econômica formado em 2011, composto pelo país anfitrião, Chile, México e Peru. O encontro reunirá os presidentes dos quatro países que estão entre os seis maiores destinos de investimentos estrangeiros na América Latina, segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
De acordo com o relatório anual sobre o investimento estrangeiro direto, divulgado pela comissão na última terça-feira (14), o Brasil aparece em primeiro lugar com U$ 65,272 bilhões de investimentos estrangeiros, seguido do Chile, com U$ 30,323 bilhões, da Colômbia, U$ 15,8 bilhões, México, U$ 12,659 bilhões, a Argentina com U$ 12,55 bilhões e Peru que captou U$ 12,24 bilhões em investimentos.
Os quatro países da Aliança do Pacífico se assemelham na adoção de políticas econômicas "liberais", como o livre comércio. Juntos, representam 33% do comércio da América Latina. Ano passado as exportações dos membros do bloco alcançaram U$ 369,3 milhões.
A Cúpula da Aliança do Pacífico ocorrerá em Cali, capital do departamento Cauca, região Andina colombiana. A reunião está prevista para a próxima quarta-feira (22) e quinta-feira (23) e, na ocasião, a Colômbia receberá a presidência pro tempore . O evento será assistido por representantes da Espanha, do Canadá, da Guatemala, Austrália, do Japão, da Nova Zelândia e do Uruguai.
De acordo com um comunicado da chanceler colombiana, María Ángela Holguín, os quatro países estão finalizando tratados de Livre Comércio (TLC) com cinco dos países observadores: Australia, Nueva Zelanda, Canadá, Guatemala e Uruguai. Além disso, segundo ela, o Japão também está em fase de estudo para a criação de um TLC com os países do bloco.
Em população os integrantes do grupo somam mais de 210 milhões de habitantes, 36% da população total da América Latina e do Caribe. O Produto Interno Bruto (PIB) representa 35% do total da América Latina, com taxa de crescimento ascendente, com média de 5% no ano passado, acima do crescimento mundial de 2,2%.
Fonte: EBC
Brasileiro chefiará força de paz na República Democrática do Congo
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- 17/05/13
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, nomeou nesta sexta-feira o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz como comandante da missão de paz do órgão na República Democrática do Congo, segundo maior país da África, informou a ONU em nota.
Santos Cruz foi comandante da missão de paz da ONU no Haiti, comandada pelo Brasil, entre 2007 e 2009. Com 40 anos de experiência militar, atualmente era assessor especial do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Criada em 2010 por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, a missão de paz na República Democrática do Congo, conhecida pela sigla em inglês Monusco, tem como meta principal proteger os civis e colaborar com as operações do Exército congolês.
Na República Democrática do Congo, no início deste mês, a ONU confirmou que membros das Forças Armadas realizaram um estupro em massa contra 97 mulheres e 33 meninas, algumas delas com seis anos de idade, segundo um relatório da entidade.
Um relatório da ONU também acusa os rebeldes do grupo M23 de realizar diversas violações aos direitos humanos contra a população civis em áreas ocupadas por eles, assim como membros das Forças Armadas que se renderam.
Santos Cruz comandará um contingente de cerca de 17.200 militares. A Monusco conta também com 505 observadores militares e 1.393 policiais.
De acordo com o site da missão de paz na Internet, atualmente o Brasil não tem contingente na Monusco. Ainda de acordo com informações do site da missão, 55 membros da Monusco já morreram desde o início da missão.
Fonte: Folha de São Paulo