Em nove anos, Morales erradica analfabetismo e mantém inflação sob controle

O presidente da Bolívia, Evo Morales, conquistou ontem (12), de acordo com resultados extraoficiais, o terceiro mandato consecutivo – um feito em país marcado por história de instabilidade política e econômica. A vitória era esperada: em nove anos de governo, Morales erradicou o analfabetismo, reduziu a pobreza e a desigualdade e garantiu alto índice de crescimento econômico, mantendo a inflação e os gastos públicos sob controle. O líder sindical dos cocaleros (cultivadores da coca), que chegou ao poder com um discurso anti-imperialista, é hoje elogiado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial – organizações que ele criticou.

"O FMI elogia nossa estabilidade econômica, mas essa não é um patrimônio do FMI, nem dos economistas neoliberais", diz o ministro da Economia da Bolívia, Luiz Arce, em entrevista à Agência Brasil. "Chegamos aos resultados que eles pedem, mas sem usar as fórmulas deles. Usamos nosso modelo, que tem ingerência do Estado e investe dinheiro na área social".

Segundo Arce, o desafio dos primeiros dois mandatos de Evo Morales foi recuperar as riquezas naturais da Bolívia (minérios e gás natural), que ele nacionalizou para poder investir em educação, saúde e planos sociais. "O petróleo rende US$ 6 bilhões ao ano, que equivalem a cerca de um quinto do nosso Produto Interno Bruto, de US$ 31 bilhões. Agora, 85% desse dinheiro ficam no país e apenas 15% com as transnacionais", explica Arce.

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Arábia Saudita diz à Opep que elevou produção apesar de preços em queda

A Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, revelou à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que aumentou em 100 mil barris por dia (bpd) a produção de petróleo em setembro, acrescentando sinais que sugerem que ainda deve responder a uma queda de preços bem abaixo de 100 dólares por barril reduzindo o bombeamento.

Em um relatório mensal divulgado nesta sexta-feira, a Opep disse que a Arábia Saudita relatou em setembro produção de 9,704 milhões de barris por dia, em comparação com 9,597 milhões em agosto.

A situação poderia indicar que o reino saudita está olhando para defender sua participação de mercado, ao invés de preços.

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Fraqueza na Europa é foco global diante de temores de recessão

Alarmada pelo cambaleante crescimento na zona do euro, autoridades de finanças de todo o mundo devem pressionar seus pares europeus por ação para evitar a recessão e combater a deflação.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), que cortou nesta semana suas projeções de crescimento glonal pela terceira vez neste ano, destacou que a fraqueza na Europa é uma questão de particular preocupação.

"Acho que haverá muita pressão sobre a Europa nas reuniões aqui em Washington, as pessoas estão preocupadas não apenas na Europa, mas também em outras partes do mundo com a inflação baixa e o crescimento baixo", disse à Reuters o próximo vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen.

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FMI se reúne, a partir de hoje, para discutir baixo crescimento mundial

O Fundo Monetário Internacional (FMI), inicia hoje, em Washington, reunião para desatar o nó da crise econômica global, iniciada em 2008. O encontro deve buscar soluções para que os países superem o baixo crescimento da economia global, disse – em entrevista por telefone à Agência Brasil - o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Comzendey.

"Acho que a discussão vai girar em torno [da busca de respostas para a crise]. O que [se deve fazer] para reagir. Acredito que a discussão estará centrada na conjuntura. Ou seja, na verificação de que a expectativa que havia no início do ano de um crescimento mais forte de uma economia global, que não se realizou, [exige ação]".

Conforme o próprio Fundo, no relatório World Economic Outlook, divulgado esta semana, o ano de 2014 praticamente está se encerrando com crescimento mundial projetado em apenas 3,3%. A revisão das previsões ocorre em razão de o crescimento na primeira metade de 2014 ter sido inferior ao projetado, refletindo série de "surpresas negativas", incluindo o desempenho relativamente fraco dos Estados Unidos, o crescimento modesto na zona euro e a progressão da economia nipônica abaixo do previsto.

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Cepal prevê queda de 3% nas exportações brasileiras e alta de 0,8% nas vendas da AL e Caribe

As exportações do Brasil devem cair 3%, este ano, enquanto em toda a América Latina e o Caribe devem crescer apenas 0,8%. Essas projeções são da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgadas ontem (9), no Relatório Panorama da Inserção Internacional da América Latina e do Caribe 2014.

Em 2011, as exportações da região cresceram 23,5%; em 2012, 1,6%; e, em 2013, caíram 0,2%, enquanto que as importações da região devem cair 0,6%, em 2014, após o aumento de 21,7% em 2011 e 3% apresentado em 2012 e em 2013. Para o Brasil, a projeção da Cepal para as importações é queda de 3,2%, este ano.

Entre os países da região, Paraguai (14,1%), Uruguai (13,6%) e Equador (9,3%) devem apresentar os melhores desempenhos nas exportações. Peru (-10,6%), Argentina (- 5,2%) e Comunidade do Caribe (Caricom) com uma retração de 4,3%, registrarão as maiores quedas.

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