China e Suíça assinam acordo de livre comércio

A China conclui um acordo de livre comércio com a Suíça, após três anos e meio de negociações. Para o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, o acordo vai promover o comércio global e ajudar a abrir a segunda maior economia do mundo para o exterior. Esse é o primeiro acordo de livre comércio entre a China e um país do G-20 e também o seu primeiro com um país europeu.

Os dois países assinaram um memorando de entendimento sobre o acordo, durante uma visita de dois dias do premiê à Suíça. No entanto, o acordo ainda precisa ser formalmente assinado e aprovado pelos respectivos governos. A previsão é de que a ratificação aconteça em meados de julho, quando o ministro da Economia da Suíça, Johann Schneider-Ammann, estará em Pequim.

"O governo chinês está comprometido com o avanço do comércio global e se opõe ao protecionismo em toda a sua forma", disse Keqiang em uma recepção organizada pelo Banco Nacional Suíço e grupos empresariais locais, em Zurique, ontem. O premiê chinês disse que o acordo comercial iria diminuir e, em alguns casos, eliminar as tarifas existentes para uma gama de número de bens suíços e serviços financeiros.

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Japan Times: O novo aperto na Argentina

O The Japan Times publicou um editorial ontem (30) defendendo a Argentina dos "holdouts", credores que não aceitaram renegociar a dívida com o país. O jornal afirma que a Argentina está sendo pressionada por duas forças diferentes: sua lei doméstica e a maioria dos credores de um lado, e um pequeno grupo de credores que se recusaram a negociar a dívida de outro. Segundo o autor, uma nova inadimplência parece estar cada vez mais próxima.

O artigo aponta que os "holdouts" procuraram ao redor do mundo por bens argentinos para tomar, e uma vez até conseguiram uma ordem para encurralar um navio da marinha argentina. Em determinado momento, inclusive demandaram que as cortes divulgassem a localização dos bens do governo. Segundo oficiais argentinos, o país foi alvo de mais de 900 processos judiciais.

A publicação reconhece que a Argentina não é uma queixosa muito simpática. O país avaliou os "holdouts" como abutres e a presidente Cristina Kirchner já disse que não se curvará a uma extorsão. As reservas argentinas estão em $29 bilhões. Se o país pagasse o que deve aos "holdouts" sem negociação, teria que liberar $15 bilhões, ou metade da própria reserva. Esse débito poderia forçar outra inadimplência.

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Berlim terá primeira 'igreja-mesquita-sinagoga' para unir religiões

Berlim acredita estar fazendo história no universo das religiões ao unir muçulmanos, judeus e cristãos para construir um lugar onde todos possam rezar. The House of One (A Casa de Um, em tradução livre), como está sendo chamada, terá uma sinagoga, uma igreja e uma mesquita sob o mesmo teto.

O projeto foi escolhido em um concurso de arquitetura. Trata-se de um edifício de tijolo com uma torre alta e quadrada no centro. Do outro lado de um pátio ficarão as casas de culto das três religiões - a Sinagoga, a igreja e a mesquita.

Nesta semana, os idealizadores do projeto iniciaram uma campanha para angariar fundos para a construção do edifício. Qualquer pessoa pode doar dinheiro online para o projeto – cada um pode contribuir com quantos tijolos quiser, sendo que cada tijolo custa 10 euros (cerca de R$ 30). A construção do edifício irá começar quando as doações atingirem 10 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões) – a expectativa é que esse valor seja alcançado até 2015. O projeto prevê cerca de dois anos para a realização das obras.

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FT: América Latina persegue objetivos fora de campo

O jornal econômico Financial Times publicou uma matéria ontem (30) analisando as economias de diferentes países da América Latina e seus crescimentos. Com o ciclo das "commodities" no fim, a questão hoje, segundo o texto, é se a Copa do Mundo marcará o fim de uma década dourada para o continente ou meramente uma nova época na qual o crescimento econômico será resultado de reformas e investimento, em vez de crédito para o consumo.

"Desde 2011 o preço das commodities foi caindo e as coisas passaram a se tornar mais difíceis para a região", disse Marcelo Salomon, economista da Barclays. "A questão agora é como sobreviver à diminuição do ritmo... E quais países serão capazes de se estabilizar em uma taxa de crescimento mais baixa".

O texto aponta que o Brasil pode ser um dos favoritos para ganhar a Copa, mas na disputa econômica, está enfrentando uma forte competição, particularmente do México, velho rival. A Barclays baixou a expectativa de crescimento brasileira de 2014 e 2015, indo de 1,7% para 0,7% e 2,4% para 1%, respectivamente. O México decepcionou em 2013 com 1,1%, mas a empresa está mantendo suas predições para o país: para os economistas, o México deve crescer 3% em 2014 e 3,8% em 2015. A "Capital Economics", de Londres, por sua vez, prevê um crescimento de 2,8% do Chile comparado com 4,1% em 2013. A Colômbia e o Peru, entretanto, continuam firmes com previsões de 4,5% e 5%.

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OCDE: América Latina atravessa "momento decisivo" para relançar economia

O secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurria, disse hoje (30) que a região da América Latina e do Caribe atravessa atualmente "momento decisivo" para impulsionar as reformas que permitem assegurar o crescimento depois da chamada década de ouro.

"É preciso aproveitar a desaceleração dos motores externos para levar a cabo um plano regional de reformas bem entrosadas, para construir economias mais resistentes, inclusivas e sustentáveis", acrescentou o líder da OCDE, na abertura em Paris do Fórum Internacional da América Latina e do Caribe.

No discurso, Guria lembrou que depois de "uma das fases de expansão econômica mais importantes de sua história", com taxa de crescimento de 5% nos últimos anos, o crescimento deve ficar, este ano, entre 2% e 2,5%.

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