Paraná faz lista de frigoríficos aptos para o mercado russo
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- 22/10/13
A poucas semanas de uma missão sanitária russa chegar ao Brasil para avaliar o sistema de produção de carnes no país, o Paraná se articula para enviar à Brasília uma lista de frigoríficos instalados no estado e que teriam condições de exportar carne ao país europeu. A Rússia é considerado o melhor cliente externo da pecuária brasileira, mas, desde 2005, vem impondo embargos generalizados a estados e exportadores, alegando problemas sanitários diversos que são contestados pela indústria nacional.
Ontem (21), representantes da cadeia produtiva do frango, suínos e bovinos estiveram em Curitiba a convite da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para afinar o discurso com o governo do estado. O consenso é que maior parte das unidades paranaenses atende, sim, aos requisitos exigidos por Moscou. No entanto, somente dois abatedouros de aves - C.Vale, de Palotina, e Lar, de Medianeira - estão habilitados a fornecer produtos para os russos.
Com a ajuda das entidades, o estado prepara uma lista extraoficial, que pretende ser adotada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e apresentada à comitiva estrangeira em novembro. "Assim o Mapa poderá verificar com os serviços de inspeção federal se as empresas estão cumprindo as exigências sanitárias, para voltamos a exportar para esse mercado", explica o presidente da Adapar, Inácio Kroetz.
País vai recorrer à OMC contra subsídio dado pelo Japão a jatos
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- 22/10/13
O Brasil vai à Organização Mundial do Comércio (OMG) contra os subsídios dados pelo Japão à fabricação e "exportação de jatos, O País acusará Tóquio de estar distorcendo o mercado e prejudicando as vendas da Embraer.
O caso foi apresentado ontem em Genebra pelo Itamaraty, ainda que não se trate de uma disputa comercial nos órgãos de solução de controvérsias. O Brasil cobra uma explicação sobre o dinheiro concedido pelo governo japonês à Mitsubishi Regional Jet.
Segundo o Itamaraty, esses recursos seriam subsídios ilegais e violariam as regras da OMG. Isso porque, ao receber essa ajuda, os jatos japoneses concorrem no mercado internacional em melhores condições que os da Embraer.
Ministro diz que país precisa aumentar produção
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- 22/10/13
Ainda puxadas pelas vendas de açúcar e soja, as exportações das cooperativas agropecuárias brasileiras bateram recorde de janeiro a setembro e atingiram US$ 4,6 bilhões, um aumento de 6,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic). O desempenho mostra uma recuperação ante a redução de 4,3% registrada nos primeiros nove meses de 2012 em relação ao período do ano anterior.
A maior parte da receita com as exportações se refere ao açúcar refinado. No total, os embarques do produto renderam US$ 813,3 milhões entre janeiro e setembro, ou 17,3% do total exportado pelas cooperativas no período. Em seguida, aparece a soja em grão, com US$ 660,4 milhões ou 14,1% do total. Logo atrás estão carne de frango, com US$ 555,4 milhões, farelo de soja, com US$ 537,6 milhões, café em grão, com US$ 473,9 milhões e etanol, com US$ 433,5 milhões.
Entre os 22 Estados da Federação que exportaram por meio das cooperativas nos primeiros nove meses deste ano, São Paulo continuou a liderar os embarques. As vendas externas paulistas renderam US$ 1,5 bilhão entre janeiro e agosto, ou 32,5% do total. Já as exportações com origem no Paraná renderam US$ 1,4 bilhão ou 30,1%, enquanto os embarques de Minas Gerais somaram US$ 459 milhões e os de Santa Catarina atingiram US$ 353 milhões.
Mantega diz que superávit primário do Brasil é um dos maiores do mundo
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- 22/10/13
O Brasil é um dos países com o maior superávit primário, economia para pagamento de juros da dívida pública, disse hoje (22) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Mesmo em momento de crise, mantivemos um desempenho fiscal satisfatório", destacou.
Nesta terça-feira, Mantega recebeu o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurria, que apresentou um relatório sobre a economia brasileira. No relatório, a OCDE recomenda mais clareza sobre a condução da política fiscal do país.
Em entrevista à imprensa, Mantega acrescentou que nunca houve "manobra fiscal" para fechar as contas públicas. "Foi tudo dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei Orçamentária", disse. Ele acrescentou que, no ano passado, havia dificuldade de fechar as contas e foram vendidos títulos do Fundo Soberano.
Governo propõe oito anos para que multinacionais paguem tributos sobre lucro no exterior
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- 22/10/13
Empresas multinacionais brasileiras terão até oito anos para pagar tributos sobre lucro obtido no exterior, anunciaram o secretário-executivo interino do Ministério da Fazenda, Dyogo de Oliveira, e o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. "Buscamos criar um sistema que não penalize os investimentos, mas também não abra mão dos tributos", afirmou Oliveira.
De acordo com os secretários, o objetivo principal da proposta de nova tributação é trazer para legislação brasileira regras que sejam mais próximas do que se adota em outros países, além de incentivar o desenvolvimento das multinacionais no exterior. "Empresas brasileiras terão mais capacidade de competição no exterior, maior do que têm hoje", destacou o secretário-executivo interino. A expectativa é que a decisão saia por Medida Provisória (MP) na próxima semana.
Pela proposta do governo, as empresas poderão parcelar em até oito anos o pagamento dos tributos sobre o lucro, apurado pelo regime de competência, atualizados pela variação cambial e acrescidos de Libor. Serão sete parcelas anuais de 2,5% mais juros e uma parcela final de 82,5%. A nova regra tributária não se aplicará ao lucro obtido pelas empresas coligadas instaladas em países considerados "paraísos fiscais".