Brasil precisa se inserir no debate dos mega-acordos

Há oito anos fora das arenas de negociações de livre-comércio, o Brasil finaliza 2013 isolado, sem peso no comércio exterior e o país mais protecionista do mundo - depois do campeão, Bangladesh. O diagnóstico de especialistas, reunidos no Fóruns Estadão-Rrasil Competitivo-Comércio,Exterior, na terça-feira, reflete-se nos dados da balança comercial brasileira.

O País está diante de dois riscos ainda mais sérios em curto prazo: ser obrigado a engolir regras comerciais que nunca negociou, por causa de süa aversão aos acordos regionais e bilaterais, e condenar seus setores produtivos a ficar de fora das cadeias de valor internacionais.

Segundo Vera Thorstensen, os EUA "ansaram-se" do Brics (Brasil, Rússia, índia e China e África do Sul). Agora buscam em duas megafrentes de negociações - com os países do Pacífico (TPP, na sigla em inglês) e com a União Europeia (TTIP) -a definição de novas disciplinas para o comércio. Em futuro próximo, esses pacotes de regras tendem a ser internalizados, por meio de uma rodada multi-lateral, no arcabouço legal da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O acordo EUA-União Europeia vai, além disso, "comerá as cotas de importação que hoje beneficiam o agro! negócio brasileiro", segundo a professora e pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas.

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Hidrovia vai escoar parte da safra

Miritituba é um distrito do município de Itaituba, uma das muitas cidades surgidas às margens da Transamazônica. Alimentada pelos inúmeros garimpos de ouro na região do Rio Tapajós, a antiga agrovila fica no extremo oeste do Pará, às margens do rio que poderá se torna a maior hidrovia do País, uma espécie de Mississipi brasileiro.

Pois nessa esquina do Norte do Brasil, conectada ao mundo pelas Rodovias Transamazônica e Cuiabá-Santarém, surge a grande novidade para o agronegócio exportador. Essa é a primeira rota de exportação de grãos no Brasil depois de anos.

Por ela passarão 3 milhões de toneladas, uma fração de apenas 10% de toda a expansão da produção das últimas cinco safras. E pouco, mas é uma esperança para produtores que têm visto a renda ser corroída pelo custo da ineficiência Logística no escoamento da safra. A Logística sobre caminhões, em Rodovias estreitas e mal conservadas, elevou o custo do frete a níveis históricos, acima de US$ 140 por tonelada.

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Exportações de café verde apresentam bom ritmo

Enquanto a liquidez no físico brasileiro segue lenta na atual temporada (2013/14), as exportações de café verde (arábica e robusta) registram bom ritmo, devido à demanda internacional firme. No acumulado da safra (de julho/13 a setembro/13), o volume de café embarcado já está acima do registrado na temporada anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, ainda não há no mercado internacional oferta elevada de café de países como Vietnã e da América Central, que colhem o grão principalmente a partir de outubro, e o baixo preço doméstico torna o café brasileiro competitivo no cenário externo, favorecendo o desempenho atual.

O fato de a atual temporada brasileira ser volumosa também favorece as exportações. Em setembro, a Conab estimou produção nacional em 47,54 milhões de sacas de 60 kg, além dos estoques de café remanescente, que não foram negociados na temporada passada. Por outro lado, exportadores nacionais relatam dificuldade em formar lotes, visto que produtores estão retraídos nas vendas, no aguardo de cotações mais remuneradoras. Cafeicultores que têm vendido maiores volumes do grão são principalmente os que precisam "fazer caixa" para pagamento de despesas ou dívidas.

Fonte: Cepea

Plano 'Brasil Agroecológico' contará com R$ 9 bilhões

Com investimentos previstos em R$ 9 bilhões em três anos, a presidente Dilma lança hoje, em Brasília, o "Brasil Agroecológico". Será o primeiro Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) do país. As ações se baseiam no decreto 7794/12, que cria a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) e foi sancionado pela presidente em agosto de 2012.

O "Brasil Agroecológico" tem como principal objetivo articular políticas e ações de incentivo ao cultivo de alimentos orgânicos e com base agroecológica. Dos recursos totais previstos, R$ 7 bilhões serão disponibilizados via crédito rural por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Plano Agrícola e Pecuário.

Os outros R$ 2 bilhões serão usados em ações específicas, como qualificação e promoção de assistência técnica e extensão rural, desenvolvimento e inovações tecnológicas e ampliação do acesso a mercados institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

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De Heus expande presença no país

Pouco mais de um ano após estrear no movimentado mercado brasileiro de nutrição animal com a aquisição da paulista Nutrifarms, a holandesa Royal de Heus já dá sinais de que sua atuação no país deverá ganhar maior dimensão ao longo dos próximos anos.

Desde agosto do ano passado, a De Heus investiu mais de R$ 60 milhões no Brasil, afirmou ao Valor o CEO da companhia familiar que fatura cerca de € 2 bilhões por ano, o holandês Koenraad de Heus. "Esse foi o primeiro passo no Brasil. Vamos dar algum tempo para avaliar [os investimentos] e planejar outros passos", disse o executivo.

Entre os aportes feitos pela empresa, estão as aquisições da Nutrifarms, em agosto do ano passado, e da paranaense Romagnoli, em abril. O mais recente lance da De Heus foi a inauguração, no mês passado, de uma fábrica em Araçatuba, no interior de São Paulo.

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