Investidores se ajustam ao fim do superciclo das commodities
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- 22/07/13
Os investidores estão acumulando perdas à medida que uma década de alta no preço das commodities se reverte em meio à desaceleração dos mercados emergentes, o aumento do suprimento de petróleo e de metais e ao previsto fim da política de estímulo do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, fatores que sustentaram a alta dos preços das matérias-primas.
A reversão abrupta do preço das commodities está solapando uma das apostas mais populares nos mercados financeiros globais: a de que os preços continuariam subindo, alimentados pelo forte crescimento da China e outras economias em desenvolvimento e pela relativa escassez de muitas matérias-primas.
Instituições e indivíduos colocaram mais de US$ 440 bilhões desde 2004 em fundos de índices e fundos negociados em bolsa que monitoram amplos índices de commodity, segundo o Barclays PLC. Isso é muito maior que o fluxo líquido de US$ 25 bilhões em fundos de ações nos EUA ao longo do mesmo período, segundo a firma Morningstar.
G20 está cauteloso com mercados e promete mudança de política
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- 22/07/13
Em comunicado, o grupo apresenta um plano de ação para impulsionar o emprego e traçar um caminho para a recuperação
O G20 apresenta um plano de ação para impulsionar o emprego e o crescimento, enquanto reequilibra a demanda global e a dívida (Bertrand Langlois/AFP)
O G20 grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo - tentou mostrar cautela em relação à volatilidade do mercado e prometeu nesta sexta-feira mudar cuidadosamente sua política, ao comunicar de forma clara como os países buscam traçar um caminho para a recuperação. Um esboço final do comunicado preparado para a reunião de ministros de finanças e membros de bancos centrais em Moscou traz que um plano de ação para impulsionar o emprego e o crescimento, enquanto reequilibra a demanda global e a dívida.
"Continuamos atentos aos riscos e efeitos colaterais negativos não pretendidos de períodos prolongados de afrouxamento monetário", mostrou o esboço. Ele ainda determina que as mudanças futuras com relação à política monetária continuem "a ser cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas."
Os ministros vão revisar o texto em um jantar na noite desta sexta, com as mentes voltadas para as vendas globais de ações e títulos, provocadas pelo plano dos Estados Unidos de retirar o estímulo monetário. Os líderes do G20 se reunirão em São Petersburgo, em setembro.
Um documento preparado pelos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a reunião de Moscou advertiu que a turbulência no mercado financeiro pode se aprofundar, a menos que os políticos tenham cuidado. "O crescimento pode ser mais baixo que o projetado devido ao período prolongado de estagnação na zona do euro.
Os riscos de uma desaceleração mais longa nos mercados emergentes têm aumentado", segundo nota. "A eventual saída das taxas baixas e da política monetária não convencional em economias desenvolvidas pode apresentar desafios para as economias emergentes, especialmente se a saída avançar rápido demais ou se não for bem comunicada."
O anúncio feito há dois meses pelo chairman do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, de que a autoridade monetária norte-americana pode começar a reduzir seu programa de compras de títulos mensais provocou pânico com as vendas generalizadas de ativos, especialmente em mercados emergentes.
Os investidores se acalmaram nesta semana quando Bernanke, em discurso no Congresso, afirmou que a redução da compra de títulos ocorrerá apenas se a economia mostrar sinais fortes de recuperação - o que não é o caso ainda. "Claramente existe um temor entre economias do mercado emergente de que após serem inundadas com entradas de capital, poderemos estar à beira de uma reversão dessa inundação", disse uma autoridade do Banco Central Europeu.
China - Fontes do G20 disseram que a China será encorajada a incentivar o crescimento guiado pela demanda doméstica e permitir maior flexibilidade da taxa de câmbio como parte dos esforços mais amplos para requilibrar a economia global. "Estamos determinados a continuar o progresso com o requilíbrio da demanda global, o que requer o reequilíbrio interno através de reformas estruturais e de flexibilidade da taxa de câmbio", informa o esboço do documento.
Pequim ofereceu um alento nesta sexta-feira, removendo um piso sobre as taxas que os bancos podem cobrar dos clientes por empréstimos, o que por sua vez deve reduzir o custo de empréstimo para empresas e famílias.
Fonte: Veja
Rússia resiste em encerrar embargo a carnes
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- 22/07/13
A Rússia começou a flexibilizar o embargo contra as carnes de Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso mesmo sem ter no radar planos para acabar formalmente com a interdição imposta desde julho de 2011, segundo fontes em Moscou consultadas pelo Valor.
O governo russo voltou a habilitar três frigoríficos do Paraná a exportar para seu mercado. E neste mês uma missão de veterinários do país visitou plantas em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, o que pode levar à reabertura para alguns produtores desses Estados.
No entanto, fontes na capital russa estimam que dificilmente Moscou suspenderá formalmente o embargo, porque isso significaria que 30 frigoríficos dos três Estados brasileiros voltariam a exportar para o mercado russo.
Merkel defende acordo internacional para garantir proteção de dados
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- 22/07/13
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defendeu no sábado (20) a adoção de um acordo mundial sobre proteção de dados privados na internet. A iniciativa ocorre em meio à divulgação de denúncias de espionagem de agências dos Estados Unidos a cidadãos norte-americanos e estrangeiros. Ela comparou o futuro acordo ao existente sobre mudanças climáticas, o Protocolo de Quito, no qual os países se comprometem a assumir responsabilidades.
"Deveríamos ser capazes no século 21 de assinar acordos mundiais. Se a comunicação de dados levanta no mundo inteiro novas questões, então devemos enfrentar o desafio. A Alemanha vai empenhar-se nesse sentido", disse a chanceler. A afirmação dela foi dada ao jornal semanal da Alemanha Welt am Sonntag.
Candidata às eleições legislativas de 22 de setembro na Alemanha, Merkel é cobrada por políticos e também pela sociedade alemã para tomar providências sobre as denúncias do ex-consultor da Edward Snowden em relação ao esquema de espionagem.
Alemanha e Estônia são únicos países do euro a reduzir dívida no 1º tri
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- 22/07/13
A Alemanha, maior economia da Europa, e a pequena Estônia foram os únicos países da zona do euro que reduziram sua dívida pública no primeiro trimestre deste ano.
O bloco está em sua recessão mais longa desde a criação da moeda única em 1999, com cinco membros recebendo auxílio internacional, uma taxa de desemprego em máxima recorde e perspectivas frágeis para uma recuperação liderada por exportações mais à frente neste ano.
A Alemanha, que terá eleições gerais em setembro, reduziu sua dívida pública para 81,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em três meses até março, ante 81,9 por cento no trimestre final de 2012, mostraram nesta segunda-feira dados da agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat.