26 de Abril de  2025


Turismo religioso na Bahia

 

149 not-cultura capaSalvador tem mais de 300 igrejas seculares. Costuma-se dizer na cidade que existe uma igreja diferente para ser visitada a cada dia do ano. Bonfim, São Francisco, Conceição da Praia, Rosário dos Pretos e Catedral Basílica são alguns exemplos de templos católicos mais visitados por turistas.

A Igreja do Bonfim é conhecida pela fé que os baianos nutrem pelo Senhor do Bonfim. Dentro da Igreja, na Sala dos Milagres, são deixadas fotos e réplicas de partes do corpo humano pelos devotos, em agradecimento a alguma cura, após as promessas e pedidos à divindade.

Na porta da igreja são vendidas as famosas fitinhas do Senhor do Bonfim. Os devotos costumam atá-las ao pulso com três nós. Para cada nó, faz-se um pedido. A crença reza que, quando a fita se rompe, os pedidos foram atendidos.

No Terreiro de Jesus, Centro Histórico, encontra-se a Igreja de São Francisco, considerada uma das mais ricas e belas do País. Na sua construção foram utilizados materiais diversos, da pedra lioz ao ouro, para revestir interiores. A fachada barroca é de 1723, como também os painéis de azulejos portugueses. Na sacristia estão reunidos 18 painéis a óleo, sobre a vida de São Francisco. (Fonte: Brasil Diário)

 

 

 

 

 

 

Festival Vale do Café, une arte e gastronomia

187 not-cultura capa

Implementado em 2003, o Festival Vale do Café é um projeto com o objetivo de criar um polo turístico cultural na região. Por meio da preparação anual de uma grande celebração de música, história e natureza, o festival chega à nona edição, entre 22 e 31 de julho. Ele já recebeu mais de 600 mil pessoas em suas oito edições anteriores, com consequente aquecimento econômico da região.

Segundo Nelson Drucker, diretor do festival, o evento “realça o patrimônio imaterial, estimulando o amor à natureza, e divulga o patrimônio histórico e arquitetônico abrangendo os diversos municípios da região do Vale do Café, num dos mais lindos recantos do estado do Rio de Janeiro, no Vale do Paraíba”. Nelson considera que, além das apresentações, as visitas às fazendas históricas são a cereja do bolo. De acordo com ele, a ideia é levar o festival também para Minas Gerais e São Paulo.

O evento emprega cerca de mil profissionais e beneficia pelo menos 1,5 mil alunos de música, que, durante o período, recebem aulas e oficinas gratuitas de violoncelo, contrabaixo, violino, sax, clarineta, trompete e harpa. Duzentos deles ganham bolsa completa, com hospedagem e alimentação. O projeto do festival foi idealizado pela harpista do Teatro Municipal do Rio de Janeiro Cristina Braga e tem direção artística do violonista Turíbio Santos.

Apresentações
Com uma cuidadosa seleção de concertos, o público, além de ter a oportunidade de conhecer as 14 fazendas históricas da região que participam do festival este ano. Em cada uma delas, haverá apresentações pagas com parte da nata da música instrumental brasileira. A programação também conta com aproximadamente 30 shows gratuitos nas praças públicas da região.
Entre as apresentações grátis de peso, está a do Ballet do Theatro Municipal (RJ), no Jardim da Fábrica do Conhecimento, em Paracambi, em 24 de julho (domingo), às 19h. Já a Orquestra Sinfônica e o Coro do Theatro Municipal se apresentam na Igreja de São Benedito, em Barra do Piraí, às 19h do dia 25. E seguem Mart’Nália, Bia Bedran, Ivan Lins e Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, Suzuki Tropical, Pequenos Mozarts, bandas, balés, danças diversas e muito mais.

No time das apresentações nas fazendas estão nomes como Leo Gandelman, Marcelo Caldi, Turíbio Santos Trio, Roberto de Regina, Yamandu Costa, Eudóxia de Barros, Tira Poeira, Maíra Freitas, a dupla Carol Mac Davit e Carolina Faria, Lotus Combo (tocando de Brahms a Beatles) e por aí vai. Toda a programação pode ser acessada no www.festivalvaledocafe.com.

Cortejo
Pelo sétimo ano consecutivo, o Festival Vale do Café vai apresentar o Cortejo de Tradições, ação que se destaca pela beleza e pelo encantamento dos grupos locais de cultura popular. É o momento em que o pessoal da folia de reis, do jongo, da capoeira, do maculelê, da caninha-verde, do calango e os rezadores se reúne para celebrar suas lutas, tradições e resistência.

Em Vassouras, a concentração dos grupos se dá no Memorial Manuel Congo, antigo Largo da Forca, na Pedreira, que no passado abrigava o pelourinho da cidade. Nesse local, os então julgados criminosos — a maioria, negros e pobres —, eram açoitados, espancados e algumas vezes condenados ao enforcamento. Em um tempo antigo, saíam da antiga casa de Câmara e Cadeia, contornavam a Praça Barão de Campo Belo e seguiam para o Largo da Forca. Era o “caminho da morte”.

Esse foi também o destino do líder quilombola Manoel Congo, chefe de uma revolução que abalou os alicerces do Brasil império. Foi enforcado ali, em 6 de setembro de 1836. Hoje há no local um memorial em sua homenagem, contribuindo para eternizar a luta por liberdade. O Cortejo de Tradições faz atualmente o caminho inverso ao trajeto percorrido por aqueles que foram, um dia, condenados. Representado em seus grupos de cultura popular, a procissão materializa a luta pela liberdade e faz o caminho de volta, festejando a diversidade da cultura brasileira

 

 

 

Festival de Teatro Brasileiro estreia no Rio Grande do Sul

188 not-cultura capa

Em sua décima edição, o Festival de Teatro Brasileiro (FTB) ruma ao Sul do país. Depois de passar pelo Nordeste no ano passado e de levar os espetáculos mineiros ao interior de São Paulo, a mostra segue pelo Paraná e estreia no Rio Grande do Sul, com o espetáculo Tio Vânia, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, do Grupo Galpão. A cena teatral do estado de Minas Gerais é o tema do festival que surgiu em Brasília como Mostra de Teatro da Bahia, em 1999 e, por muito tempo, foi um evento da capital federal. Com o tempo, amadureceu e englobou estratégias de formação de público, qualificação profissional para atores e se tornou um importante veículo de intercâmbio cultural entre os estados brasileiros.

Até o dia 27, o FTB passa por Porto Alegre, Caxias do Sul e Nova Hamburgo. Os 18 espetáculos e as 12 oficinas gratuitas migraram pelas cidades paulistas de Paulínia, Sorocaba e Campinas. Passaram pelo Paraná e agora finalizam os 54 dias de apresentações. Num trabalho em conjunto com a rede pública de ensino, o evento conseguiu reunir quase sete mil alunos, sempre preocupado em democratizar o acesso à cultura. "Trabalhamos com uma equipe de 30 arte-educadores que coordena esse momento. Antes da ida ao teatro, eles trabalham com os alunos nas escolas e, depois, retornam para discutir o que foi visto, para que aquilo não morra ali", explica o produtor brasiliense e idealizador do FTB, Sérgio Bacelar.

Bacelar produzia espetáculos baianos nos anos 1990 quando teve a ideia de criar a 1ª Mostra de espetáculo da Bahia na Caixa Cultural, cuja primeira exibição contou com a presença do ator Wagner Moura, ainda desconhecido dó grande público. Em 2002, quando o teatro precisou fechar para reforma, o produtor repensou o formato do evento e mudou seu nome para Festival de Teatro Brasileiro, para que pudesse incluir outros estados. "Mas não desconsidero essas primeiras cenas como parte da história do festival", diz ele.

Espírito nômade
No ano de 2005, a Cena Pernambucana já havia sido mostrada em Brasília e abriria espaço para a Cena Mineira. “Com a presença de um dos braços do Grupo Galpão, o Cine Horto, a estrutura começou a mudar”, conta Bacelar. O festival procurou alcançar a periferia e desenvolver um formato condensado na cidade, a partir do qual surgiram cenas curtas que foram se apresentar em Belo Horizonte. Nessa época, também se fortaleceram as oficinas com jovens em situações de risco e, a partir delas, surgiu o grupo de Congado Tambores do Brasil.

Mas foi só em 2007 que o FTB assumiu seu caráter nômade. Em janeiro daquele ano, a estreia na capital carioca aconteceu no Teatro Glauce Rocha, acompanhada de um circuito pelas ruas da cidade. O acontecimento chamou a atenção do Fórum dos Secretários de Cultura do Nordeste e, em 2009, o FTB apresentou quatro edições, no Ceará, no Maranhão, na Bahia e em Sergipe. O intercâmbio entre artistas se intensificou e, hoje, os planos para o futuro é expandir até alcançar os estados do norte, como Acre, Manaus e Pará. “O potencial do FTB é infinito. Se pensarmos no tamanho do Brasil e no fato de que a cada ano as cenas teatrais de cada estado se renovam. O festival é um complemento das políticas públicas, porque trabalhamos com capacitação e formação de plateia”, defende Bacelar.

O grande desafio, diz o produtor, é fazer as autoridades competentes notarem isso. “Precisamos trabalhar em uma estratégia de convencimento”, arrisca. A mostra, que conta o apoio da Caixa e da Petrobras, tem ainda três semanas de exibição. Fonte: Correio Braziliense

 

 

 

Autores de língua espanhola comentam produção hispano-americana

 

189 not-cultura capaNo Brasil, é comum encontrar traduções de modernos clássicos da literatura hispano-americana, de Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa, ambos vencedores do Prêmio Nobel de Literatura (em 1982 e 2010, respectivamente). O que não é fácil achar nas prateleiras são as produções mais recentes de escritores em língua espanhola. “Se considerarmos figuras como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Carlos Fuentes, a literatura hispano-americana é uma das mais importantes e influentes dos últimos 50 anos”, destaca o professor do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução da Universidade de Brasília (UnB) Enrique Huelva. Segundo ele, poucas obras de hoje são traduzidas para o português, o que representa “um bloqueio para a troca de experiências culturais”.

O 1º Encontro Brasiliense de Escritores Hispano-Americanos, realizado em Junho, na Embaixada do México, como parte das atividades da Semana do Espanhol em Brasília, reuniu escritores de países como Chile, México, Espanha, Venezuela, Colômbia e República Dominicana. “Nós trouxemos elementos para as pessoas interessadas em enriquecer o conhecimento do idioma”, diz Alejandra Latapi, conselheira de assuntos culturais da Embaixada do México. Quarta língua mais falada no mundo (por 450 milhões de pessoas, segundo o livro The Ethnologue: languages of the world), o espanhol perde apenas para o mandarim (1,051 bilhão), o hindi (565 milhões) e o inglês (545 milhões).

Uma das participantes do evento foi a mexicana Cristina Rascón. Nascida em Obregón, em 1976, ela é mestre em política pública comparada pela Universidade de Osaka, no Japão. Publicou quatro livros, entre contos, metaficção e ensaios sobre economia, mas nunca teve uma obra lançada no Brasil. “Quando escrevo economia, tenho que ser racional. Quando escrevo literatura, tenho que ser passional. Uma coisa enriquece a outra. Minha formação em economia me ajuda a construir personagens mais verossímeis”, comenta a autora.

Em 2010, Cristina lançou Puede que un sahuaro seas tú, com lendas criadas por ela. No conto que dá nome ao livro, uma menina segue com a mãe pela estrada e observa os cactos altos. Ela lembra que a avó lhe dizia que cada cacto (sahuaro) tem um espírito, uma alma humana. Para encontrar o próprio sahuaro, basta saber a verdade sobre si mesmo. A menina então parte para buscar esse cacto no meio do deserto.

Diversidade
De acordo com o catalão Fernando Martínez Laínez, designar um conjunto de obras como literatura em língua espanhola é generalizar. “Cada país tem suas características, que diferem bastante”, comenta o autor de 70 anos, que em 2007 lançou Lobos hambrientos, sobre o fenômeno guerrilheiro para a expulsão das tropas napoleônicas durante a Guerra da Independência Espanhola. O anterior, Escritores espías (2004), é um livro de não ficção sobre grandes escritores que decidiram ser agentes secretos.

Já o venezuelano Juan Carlos Chirinos critica o “complexo patriótico, antiquado” que separa a criação da península espanhola dos outros países que falam espanhol. “Isso não faz sentido. Literatura são livros, e não orgulho”, afirma o escritor nascido em 1967, em Valera, cidade dos Andes venezuelanos, hoje morador da Espanha. “Não acredito nessa separação porque ela não existe. É um conceito imposto de fora a um conglomerado de países que tem uma parte da história em comum, mas não toda.”

Para Chirinos, o termo hispano-americano pode ser prejudicial à medida que simplifica a diversidade de culturas. “Todos os que escrevem em espanhol são escritores da minha terra, porque nessa literatura não existem mais fronteiras. E todos me influenciam, até quando não quero escrever como eles”, conta o autor, fundador da revista eletrônica La Mancha, que reúne publicações de escritores espanhóis e venezuelanos.

 

 

 

Destaques

Aconteceu na CCIBRA

Notícias do Mundo

A maioria das políticas implementadas em todo o mundo para apoiar a agricultura não permitem que o setor se adapte corretamente à mudança...
Segundo pesquisa, o país é o segundo maior alvo de cibercriminosos na América Latina; CEO da GW Cloud Company avalia que a implementação de...

Endereço em transição - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil       celula

Telefone temporário: +55 31 994435552

Horário de Atendimento - Home Office

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

Todos os direitos reservados © 2010 - 2016