Copa vai impulsionar 8 mi de viagens pelo Brasil, prevê ministério
Fonte: Folha
Um total de 600 mil turistas estrangeiros no Brasil no mês da Copa do Mundo de 2014 --13 de junho a 13 de julho-- devem realizar quase 2 milhões de viagens pelas cidades-sede, estima estudo encomendado pelo Ministério do Turismo à Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Quanto aos brasileiros, a previsão é de que 3 milhões de brasileiros circulem pelo país, fazendo 6 milhões de viagens pelos 12 municípios.
As estimativas de fluxo de turistas durante a Copa foram divulgadas, nesta quinta-feira (14), em palestra no Núcleo de Conhecimento do Salão do Turismo, no Anhembi, capital paulista.
A cidade que deverá receber o maior número de estrangeiros é o Rio de Janeiro, onde se esperam 413 mil deles. Em segundo lugar, aparece São Paulo, com 258 mil, seguida de Brasília, com 207 mil.
Entre os turistas brasileiros, o destino preferido é São Paulo, com 1,2 milhões de visitas. Depois, aparece o Rio de Janeiro, com 840 mil, e Fortaleza, com 564 mil.
A pesquisa da FGV divulgada pelo Ministério do Turismo indica também o total de visitas de estrangeiros e brasileiros que as cidades-sede devem receber por jogo. Somando os resultados das doze cidades serão 341,4 mil turistas internacionais e 1 milhão de nacionais por partida de futebol.
"O estudo foi realizado com base em pesquisas que realizamos com o público da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010 e a movimentação do turista brasileiro", explicou o diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, José Francisco Lopes.
O Salão do Turismo fica aberto ao público, oferecendo pacotes de viagens com preços diferenciados e outros serviços, até este domingo (17).
Orquestra de Israel rompe tradição para executar peça de Wagner
Fonte: BBC Brasil
A Orquestra de Câmara de Israel porá fim a uma tradição histórica e tocará uma peça do compositor favorito de Adolf Hitler, Richard Wagner, na Alemanha.
O maestro Roberto Paternostro regerá O Idílio de Siegfried, uma das poucas obras sinfônicas de Wagner, composta para orquestra de câmara, durante o festival de Wagner de Bayreuth.
Músicos israelenses raramente tocam composições do anti-semita Wagner - cuja obra foi culturalmente apropriada por nazistas.
Paternostro disse que apesar de a ideologia de Wagher ser "terrível", o objetivo da iniciativa é "separar o homem de sua arte".
Um embargo não oficial à obra de Wagner foi declarado em 1938 pela Orquestra Palestina - hoje a Filarmônica de Israel - depois que judeus foram atacados por nazistas na Alemanha.
Museu das reduções comemora 25 anos de fundação
Fonte: SENAC - Descubra Minas
No dia 15 de agosto, um dos cartões postais da tricentenária Ouro Preto - o Museu das Reduções - comemora 25 anos de fundação. Na instituição, a família Vilhena, responsável pela obra, conta de uma forma diferente parte da história da arquitetura nacional.
Tudo começou em 1978, quando os irmãos Ênio, Décio, Sylvia e Evangelina Vilhena, todos aposentados, começaram a construir miniaturas de importantes edifícios brasileiros. A primeira réplica confeccionada pela família foi a Igreja de Nossa Senhora das Dores, de Campanha/MG.
Atualmente, o Museu possui 29 réplicas reduzidas, que foram construídas com o mesmo material empregado na construção dos edifícios originais e que representam cada ciclo econômico: do ouro (Casa dos Contos, em Ouro Preto); da cana (Engenho São João, em Itamaracá-PE), do Café (Fazenda Resgate, em Bananal-SP), da imigração (Estação de Trem, em Joinville-SC) e industrialização (Usina Marmelos, em Juiz de Fora-MG).
A visita ao museu começa pelo sul do Brasil, passando pelo sudeste, nordeste e centro-oeste, terminando em Minas Gerais, que recebe espaço especial por sediar a instituição. A precisão e a riqueza dos detalhes das réplicas impressionam, o que faz o Museu das Reduções ser único no mundo.
Além de atração turística, o visitante também tem a possibilidade de explorar uma das modalidades mais importantes de turismo no país: o pedagógico. É que o Museu das Reduções possui em seu acervo um rico conteúdo de estudo, que pode ser utilizado como instrumento de educação. O Museu é patrocínado pela empresa Microcity Computadores e Sistemas.
Como parte das comemorações do aniversário, o Museu das Reduções recebe a exposição Monumentos Históricos e Fazendários, da artista plástica Simone Ribeiro. A mostra traz sete painéis em acrílico, modelado e espatulado sobre tela, que serviram de abertura dos capítulos do livro Monumentos Históricos Fazendários, de Eugênio Ferraz. O livro recebeu o Prêmio Pedro Calmon, de 2009, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em conjunto com os Institutos Históricos e Geográficos dos Estados.
O Museu está localizado no distrito de Amarantina, com acesso no KM 69 da Rodovia dos Inconfidentes/BR356, à Rua São Gonçalo, 131.
Lista de 10 melhores autores de nanoarte tem dois brasileiros
Fonte: Correio Braziliense
Não há dúvidas de que cientistas são apaixonados por seu trabalho. Horas intermináveis de estudo e pesquisa rendem descobertas inusitadas, mas também podem dar origem a verdadeiras obras de arte. Há alguns anos, quando a nanotecnologia virou assunto da moda, muitos pesquisadores perceberam que as imagens registradas pelos microscópios podiam encantar, até mesmo, pessoas que nunca pisaram em um laboratório. Surgiu, então, a nanoarte, um movimento que, segundo seus idealizadores, vai se tornar o que a fotografia foi para o século 21.
A nanoarte é, basicamente, a interação entre ciência, tecnologia e manifestações artísticas. Os protagonistas desse novo estilo investem na confecção de “paisagens moleculares”, como se fossem pinturas feitas a partir da mistura de materiais minúsculos, observados em aparelhos de alta resolução. Os artistas-cientistas também produzem nanoesculturas, criadas por meio da manipulação de substâncias em escala nanométrica. “Cada material tem uma morfologia diferente e, muitas vezes, um mesmo material pode apresentar diferentes morfologias, dependendo da temperatura, dos reagentes químicos, do tempo que ficou na estufa”, explica Rorivaldo Camargo, técnico em microscopia do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) dos Materiais em Nanotecnologia.
Camargo está na lista dos 10 melhores artistas de nanoarte de 2011, ranking definido em um concurso internacional no qual a banca é composta por grandes nomes da ciência e da arte. Ele levou o sexto lugar pela obra Starfish, uma montagem feita sobre fotografias de esponjas-do-mar. O técnico e outros colegas do instituto utilizam imagens captadas pelos alunos de graduação e pós-graduação em microscópios que ampliam o material em até 1 milhão de vezes. “Os estudantes trabalham com uma série de substâncias e algumas geram cenas muito interessantes”, diz.
Com essa matéria-prima, Camargo vai ao Photoshop e testa camadas de cores, saturação e brilho. O trabalho do artista-cientista é tão determinante que pode gerar imagens muito distintas, mesmo quando se trata do mesmo material. Prova disso é a outra obra brasileira que ganhou destaque no concurso Nanoart 2011. Em O nascimento do mundo, como foi batizada, a auxiliar de laboratório Daniela Caceta também utilizou esponjas-do-mar, mas aproveitando outras estruturas e tonalidades.
Conquista
Quem já está no ramo há algum tempo afirma que o resultado dessa mistura estimula mais pessoas a terem contato com a ciência. “Os amadores acabam se envolvendo com o assunto pela curiosidade que as imagens despertam”, diz Rorivaldo Camargo. “A partir da nanoarte, o público consegue entender certas funções dos materiais e organismos vivos”, comenta Daniela. Para Cris Orfusco, curador do Nanoart 2011, essa manifestação terá importância cada vez maior. “Trata-se de uma das maneiras mais inovadoras de promover a nanotecnologia para o público em geral”, opina. “Uma vez que isso estará em evidência nas próximas décadas, sugiro que todos fiquem ligados na nanoarte.”
Multiprofissional
A nanoarte deu origem a uma nova classe de artistas. Parte deles são técnicos e auxiliares de laboratório que começaram a manipular as imagens por hobby. Outros são cientistas que se envolveram no assunto. Há, ainda, artistas que estão em contato permanente com pesquisadores e fazendo um trabalho conjunto. É o caso de Carol Flaitz, autora da obra Preso do lado direito do cérebro. O quadro é resultado da parceria entre ela e o marido, um microscopista de Nova York.